Era por volta das 7h50 quando duas motos se chocaram no cruzamento das duas vias, que reúnem o maior volume de tráfego da região. Uma das motocicletas teria avançado o sinal e duas mulheres que estavam nas caronas das motos ficaram feridas.
Casos como esses, que se tornaram corriqueiros no trânsito da Grande Belém, impactam fortemente a rede de atendimento e até a economia regional. Em média, aproximadamente 50% dos leitos do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em 2017 foram ocupados por vítimas de acidentes de trânsito em 2017 - a grande maioria envolvendo motos.
Somente em Belém, segundo a Sesma, em 2017, os acidentes com motociclistas levaram a 269 internações, com custo de R$ 532 mil à saúde pública - seguidos de pedestres, com 105 internações e custo de R$ 198,4 mil. O maior percentual do tipo de acidente de trânsito em Belém, no primeiro semestre de 2018, é entre veículos (colisão entre veículos) com 33,30%, seguido por acidentes de moto, 29,9 % e atropelamentos, com 16,6%. Em relação às vítimas fatais, o atropelamento tem percentual significativo com 46,67%.
As vítimas fatais desses acidentes estão em sua maioria a pé (46,7%), seguidos por motocicletas (com 40%). As maiores vítimas são homens, na faixa etária de 30 a 39 anos (33,3%). Chama atenção o alto percentual de idosos (60 anos ou mais) que foram a óbito (4; 26,7%).
As vítimas do acidente da manhã desta quinta em Ananindeua aguardaram por meia hora até a chegada do socorro de uma ambulância do Corpo de Bombeiros, às 8h18. Bombeiros que passavam pelo cruzamento prestaram o primeiro atendimento enquanto a ambulância não chegava. Policiais militares controlavam o fluxo do trânsito no cruzamento, que se normalizou por volta das 8h25.
A mais gravemente ferida foi uma estudante que seguia para a aula na escola estadual Silvia Leandro. Ela foi encaminhada para o Hospital Pronto Socorro (HPSM) Mário Pinotti, na travessa 14 de Março, no Umarizal, em Belém. A reportagem contactou com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) para saber o estado de saúde da estudante, mas, até o fechamento desta edição, não obteve informações.
No Brasil, os acidentes de trânsito são a segunda causa de morte entre causas externas. Essas ocorrências têm maiores registros entre os homens jovens, com idades entre 20 a 39 anos. As principais vítimas fatais são os motociclistas, seguidos pelos ocupantes de automóveis e pedestres.
Somente este ano, de janeiro a julho, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, atendeu a 2.308 pacientes vítimas de acidente de trânsito. Nesse período, foram atendidos 900 pacientes vítimas de acidentes de motocicleta, 919 vítimas de colisão, 386 de atropelamento e 103 de acidentes de bicicleta.
Em 2017, o hospital, que é uma unidade especializada no atendimento de média e alta complexidades em traumas e queimados no Estado, atendeu 4.313 pacientes vítimas de acidentes de trânsito. Foram 1.799 atendimentos a vítimas de acidentes de motocicleta, 1.587 vítimas de colisão, outros 755 atendimentos a pacientes vitimados por atropelamentos e 172 em decorrência de acidente de bicicleta. A maioria dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito atendidos na unidade estão na faixa etária entre 18 e 29 anos. (ORMNews)
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