Iniciada
a sequencia de discursos na primeira sessão do ano, o vereador Peninha foi o
primeiro a usar a palavra. E começou chamando atenção para mais um ato do
governo do Estado que lesa os interesses de Itaituba.
Ele
criticou duramente a decisão do governo, de abrir as portas da capital, Belém,
para a implantação de uma refinaria de ouro, a qual, caso houvesse alguma preocupação
do governador Simão Jatene com esta região, deveria ser em Itaituba, pois o
minério que irá para lá será de duas mineradoras que estão localizadas neste
município.
“O
prefeito se retirou. Eu gostaria que ele estivesse aqui para dar mais uma
informação desastrosa sobre a atuação do governo do Estado no nosso município.
A
cada dia que passa, parece que o nosso município entra em retrocesso
vereadores.
Estamos
vendo a fábrica de cimento CAIMA quase fechando; vemos uma lancha do tamanho de
uma voadeira fazendo linha para Santarém.
Estamos vendo hoje tudo de ruim para Itaituba, e o mais grave é a respeito
ao ouro.
Ontem
o governo do Estado assinou um protocolo de intenções, em Belém, com uma
empresa belga, para instalar na capital do Estado, na área da Infraero, na área
do aeroporto de Belém, uma refinaria de ouro, ouro esse que será levado pelas
empresas Brazauro e Serabi para refinar lá em Belém do Pará.
Por
que levar para Belém a refinaria?
O
Estado diz que é porque não tem segurança aqui.
E o que mais me chama atenção é que o governo do Estado confessa que não
tem segurança para refinar o ouro aqui na região.
No
momento em que o governo do Estado assume que vai levar para Belém a refinaria,
porque não há segurança aqui, ele também assume que a segurança pública no Estado
está falida.
Aliás,
o governo do Estado não está faltando com a verdade, porque no mês de janeiro
deste ano, o Pará foi mais violento do que o Rio de Janeiro e do que São Paulo,
pois nesse período, no Rio de Janeiro aconteceram 178 homicídios. Sabem quantos
aconteceram no Pará? 418. Esses dados são do sistema de segurança do Estado do
Pará.
Serão
investidos 35 milhões de reais para implantação dessa refinaria lá em Belém. Aqui
em Itaituba nós temos a D’Gold, que já tem uma refinaria faz vários anos.
Nós
já perdemos o Polo joalheiro de Itaituba, que foi implantado pelo saudoso
governador Almir Gabriel, que foi levado para Belém, e agora estamos vendo uma
refinaria que poderia ser implantada aqui, mais uma vez indo para Belém, para
refinar o nosso ouro, o ouro que é produzido na nossa região.
Eu
fico revoltado é porque o governo do Estado deveria montar isso aqui em
Itaituba ou na nossa região para gerar mais empregos. E peço aos meus colegas
que comunguem dessa mesma preocupação, porque é um problema nosso. Hoje mesmo o
prefeito Valmir Clímaco esteve aqui e falou das dificuldades pelas quais passa
o município. Somos um município rico, mas vivemos humilhados.
Cadê
os nossos Deputados? Vou pedir aos deputados Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta
para que denunciem isso. O nosso Ouro Só ajuda os outros; para nós só sobram os
problemas, as doenças.
Independentemente
de ser PMDB, PSDB, ou qualquer outro partido, esse é um problema que diz
respeito a todos nós, e não podemos ficar calados. independe da sigla
partidária.
Quero
aqui apresentar um voto de repúdio ao governo do Estado por causa dessa
situação.
Tem
ainda o problema da fábrica de cimento, e sobre esse assunto eu vou usar uma
palavra que está em uma matéria de autoria do meu amigo, jornalista Jota Parente:
INCERTEZA.
O tempo é curto e a gente tem muita coisa para falar, mas, eu quero também abordar a questão dessa lancha Foguete, que é do tamanho de uma voadeira que atravessa daqui de Itaituba para Miritituba e que está aí na linha querendo suprir a necessidade, mas, que vive dando problema. Estou alertando aqui para evitar que depois a gente só vai falar quando acontecer uma tragédia e que vidas humanas sejam ceifadas.
Eu até fui contra colocar uma lancha grande
chamada Ana Beatriz, para fazer a linha Santarém-Itaituba-Santarém. Naquela ocasião
eu disse que era mais uma enganação para nós.
Eu
sabia que aquela lancha não teria condições de ficar na linha por falta de
demanda; ela é muito grande, muito confortável, mas, muito grande para essa
nossa demanda que temos aqui.
Infelizmente,
eu estava certo” finalizou Peninha.
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