As
provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex
em Guarujá (SP) estão muito abaixo do que um tribunal dos Estados Unidos
exigiria para levar um caso a sério. É o que afirma Mark Weisbrot, colaborador
da seção de opinião do jornal americano The New York Times.
O artigo com fortes críticas ao processo penal que o ex-presidente
enfrenta foi publicado nesta terça-feira (23/1).
Weisbrot afirma que não existe ilusão de que o
Tribunal Regional Federal da 4ª Região seja imparcial. Isso porque o
desembargador Carlos Henrique Thompson, presidente da corte, já elogiou a
sentença dada pelo juiz Sergio Moro. Além disso, lembra que o chefe de gabinete
de Thompson publicou no Facebook uma petição pedindo a prisão de Lula.
Ainda segundo o texto, as evidências no
caso do triplex estão muito abaixo do nível exigido por um tribunal dos Estados
Unidos para que o caso seja levado a sério, quanto mais para que haja
condenação.
“O suborno alegadamente recebido pelo Sr. da
Silva é um apartamento de propriedade da OAS. Mas não há provas documentais de
que o Sr. da Silva ou sua esposa já tenham recebido títulos, alugados ou mesmo
ficaram no apartamento, nem que tentaram aceitar esse presente. A evidência
contra o Sr. da Silva baseia-se no testemunho de um executivo da OAS condenado,
José Aldemário Pinheiro Filho, que teve a pena de prisão reduzida em troca da
colaboração”, afirma o articulista.
O autor diz ainda que a decisão de Moro de
condenar supostamente contra o que foi
demonstrado pelas provas seria chamada nos Estados Unidos de kangaroo court. A expressão é utilizada para designar
um processo judicial injusto, tendencioso ou precipitado que termina em uma
dura punição.
Fonte: Conjur
Nenhum comentário:
Postar um comentário