Professora Sueli |
Weliton Lima - Uma comissão (do Sintepp)
formada pelos professores Silvinho Campos, Celso Noronha, Sueli Sousa e Tiago
Maciel vem trabalhando há vários dias para produzir um parecer sintético sobre
as distorções criadas na folha de pagamento dos professores nos últimos cinco
anos.
De acordo com parecer prévio da
comissão, em 2013, quando foi criado o PCCR da categoria, a diferença salarial
entre um professor licenciado e um professor com magistério era de 43%. Agora é
de apenas 18%. Isso ocorre, segundo a comissão, porque o salário de professor
de nível médio é reajustado pelo piso nacional do magistério, enquanto o
reajuste do professor com licenciatura plena depende de negociação com a
administração municipal.
Em 2009, por exemplo, o piso
nacional do professor de nível médio era de R$ 950,00, e agora, em 2018, o piso
nacional foi reajustado para R$ 2.455,35, por uma jornada semana de 40 horas.
Isso representa um aumento superior a 158%.
Já nesse mesmo período, o reajuste
salarial do professor licenciado foi de apenas 82%. E essa distorção vem
provocando o achatamento salarial entre os dois níveis. Isso tem gerado
insatisfação nos professores com qualificação superior.
Professora
Sueli Sousa – Em Itaituba, com a lei aprovada em 2012, que regulamenta todos os
trabalhadores da Educação, PCCR, há uma disparidade entre níveis salariais do
professor de magistério. Os governos, de 2009 para cá, reproduzem a mesma forma
de gestão. Pagam os 33 professores que ainda tem na rede, com magistério.
A categoria tem que ter maturidade para entender que não
dá para a gente continuar assim, porque daqui a uns dez anos, o professor de
nível superior vai estar ganhando menos do que o professor de nível médio.
Com professor mal remunerado, não vamos ter um ensino de
qualidade. A qualidade passa, diretamente por profissionais valorizados. A
carreira do magistério em Itaituba, pagando R$ 12,00 a hora aula para
professor, ou R$ 14,00, e R$ 18,00 para quem tem mestrado, não dá.
Weliton Lima – Esses e outros pontos
analisados por essa comissão vão ser discutidos em uma assembleia geral marcada
para a próxima quinta-feira...
Professora Sueli Sousa – Os trabalhadores tem que ter
essa responsabilidade, e não, esperar que o governo vá garantir a sua
valorização por decreto. A nossa luta deve permanecer sempre. Quinta-feira os
trabalhadores estarão referendando uma proposta, que pode ser essa que a gente
está levando, e depois da assembleia, vamos apresentar a proposta ao governo,
ao secretário de educação.
Weliton Lima (Focalizando)
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