No Brasil, a corrupção está encravada em todas as esferas de
governo e em todos os níveis da sociedade.
No noticiário, a novidade agora é quando não há notícia sobre
corrupção, e a roubalheira é feita no atacado, pois, as cifras surrupiadas são
astronômicas, mas, no país da corrupção, há, também, o roubo no varejo; são as
pequenas quantias desviadas do erário público em ações quase imperceptíveis.
Aos olhos da sociedade, essas pessoas, que quase sempre são
agentes do serviço público, jamais se consideram desonestas.
Um caso típico que se enquadra na categoria do roubo de
varejo foi o uso para fins pessoais de um cheque destinado a um dos programas
do governo federal para a educação. O fato já chegou ao conhecimento da
secretária municipal de Educação, e está sendo apurado na comissão de
sindicância da prefeitura.
Outra conduta desonesta está na sonegação dos impostos
municipais; figuras ilustres e acima de qualquer suspeita se aproveitavam da
falta de eficiência do setor público e vinham sonegando os impostos devidos ao
município. Agora os nomes dessas pessoas constam de uma lista negra da
prefeitura.
No país da corrupção, quem rouba pequenas quantias se acha
esperto, não, desonesto. E esse é um risco que corre a sociedade: acostumar-se
com a ideia de que a conduta desonesta está somente nas grandes ratazanas da
política nacional, e aceitar que por aqui as catitas continuem roendo
impunemente o erário municipal.
Jornalista
Weliton Lima
Comentário
do Focalizando
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