Dois
advogados foram presos na operação: Esequiel Aquino e Wilson Lisboa. Nome da
operação: A Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas, com o apoio do
Ministério Público, deflagrou operação denominada “Operação Perfuga” que no
latim significa “o desertor” no sentido de “que ou aquele que abandona suas
convicções, sua religião, seu compromisso ou a causa de que era defensor”.
A
operação foi batizada com este nome porque os são investigados funcionários
públicos que firmaram o compromisso de bem servir a sociedade, porém
abandonaram esse mister, passando a agir em interesse estritamente particular.
O
inquérito policial apura crimes de peculato, falsificação de documento público,
corrupção e associação criminosa.
A
Polícia Civil e Ministério Público estão cumprindo 2 mandados de prisão
preventiva, 6 mandados de prisão temporária, 5 conduções coercitivas e 25
mandados de busca e apreensão. Entre as buscas estão a sede da Câmara Municipal
de Santarém e a sede da SESPA em Santarém, e ainda em uma sala do hospital
regional, onde funciona o setor de regulação da SESPA.
Estima-se
que o prejuízo aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (um
milhão de reais).
Pessoas
procuravam o Vereador Reginaldo Campos para solicitar a facilitação de
agendamentos de consultas e exames, essas demandas eram repassadas para a
técnica em enfermagem, servidora pública que exercia sua funções no regulação
da SESPA, a qual providenciava o efetivo agendamento através dos outros
servidores do setor.
A
servidora da SESPA Sarah Campinas, que recebia as demandas repassadas pelo
Vereador Reginaldo Campos também recebia remuneração mensal da Câmara dos
Vereadores, sem a devida contra prestação do serviço público.
No
decorrer das investigações, foram identificadas outras pessoas que também eram
servidores “fantasmas”, ou seja, recebiam remuneração sem a devida contra
prestação do serviço público, tendo entre os servidores fantasmas advogados e
pessoas ligadas a lideranças de bairro ou líderes religiosos.
Outros
servidores da Câmara também concorreram para a prática de crimes de peculato, e
tentaram prejudicar as investigações falsificando documentos e prestando
informações falsas, além de autorizarem e efetivamente procederem as contratações
e pagamentos dos servidores “fantasmas”, mesmo tendo conhecimento que não
estava ocorrendo a contra prestação do serviço público.
OBSTRUÇÃO.
Um dos motivos que levaram Reginaldo Campos à prisão foi obstrução da justiça.
Ele tentou até sua influência junto ao vice-governador para barrar as
investigações.
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