22 de Julho de 2017
A bomba atômica que devastou Hiroshima
e Nagasaki ainda nem tinha sido ativada, quando o Paysandu foi ao Baenão para
causar uma explosão na história do Re-Pa. Naquele dia 22 de julho de 1945, o
Bicola goleou o Remo por 7 a 0 em partida válida pelo campeonato paraense.
Sob arbitragem de Alberto Monard da
Gama Malcher Filho, o clássico teve um início equilibrado e, aos 37 minutos,
Hélio conseguiu abrir o placar para o Papão. Já no final da primeira etapa, aos
43, Vicente, que era um exímio marcador azulino, envolveu-se em uma briga com
Arleto, do Papão, e ambos foram expulsos.
Na volta do intervalo, o Leão mostrou
toda fragilidade do sistema defensivo sem a presença de Vicente e viu Farias
ampliar para os bicolores logo no primeiro minuto. Soiá apareceu no jogo e fez
logo três, sendo um aos 4, outro aos 9 e mais um aos 20. Hélio voltou a marcar,
já aos 24, e Nascimento fechou o caixão azulino aos 44.
A vitória histórica eternizou os nomes
de Palmério, Izan e Athenágoras; Mariano, Manoel Pedro e Nascimento; Arleto,
Hélio, Farias, Guimarães e Soiá. Na mesma proporção, mas no sentido inverso,
também imortalizou aquela escalação remista, composta por: Tico-Tico, Jesus e
Expedito; Mariosinho, Rubens e Vicente; Jiju, Monard, Jango, Capi e Biró.
O feito é lembrado com carinho pelos
bicolores com orgulho. 'É uma das glórias que representa a nossa payxão como
torcedor do Paysandu, que sempre nos dá alegria com suas vitórias e conquistas.
E essa não deixa de ser uma das
principais, se não for a principal, no clássico mais jogado do mundo.
Orgulho pelo Paysandu não falta! Mesmo
nos momentos mais difíceis, sempre estarei com o clube, assim como eu estive
nos dois títulos brasileiros e em Fortaleza vendo o Papão ser o campeão dos
campeões do Brasil. É um amor incondicional que carregarei no peito
eternamente, assim como essa vitória de 7 a 0', disse Wolgrand Fonseca Júnior.
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