Pela terceira vez, o time cruz-maltino atravessa
problemas com confusões no estádio de São Januário. Mas, desta última, segundo
o procurador, as consequências foram mais graves, levando o STJD a tomar uma
decisão mais drástica, como a interdição do campo. “Não se pode comparar o
último caso em São Januário com os outros dois casos que ocorreram lá. Foram
casos de muito menor gravidade e muito menor complexidade, colocou integridade
física de um número menor de pessoas e de forma menos gravosa. O que aconteceu
sábado é uma situação muito aproximada com aquela do Coritiba e Fluminense em
2010, foi quase uma guerra”, disse em entrevista ao canal Fox
Sports.
Diante de questionamentos pelo estádio não ter
sido interditado antes, Bevilacqua afirmou que a estrutura de São Januário, em
si, não trazia muitos riscos para o ocorrido. “O estádio ofereceu poucos
problemas para que isso efetivamente tivesse ocorrido, a infraestrutura do
estádio é muito boa, o que falhou foi a segurança e a estrutura das cabines
reservadas aos profissionais de imprensa.
Precisamos
separar e saber exatamente o que aconteceu naquele caso (de sábado). Foram
criminosos, que não são torcedores, que podem vir a fazer isso de novo em
qualquer outro estádio”, explicou.
“Isso é a
prevenção e o efeito, a origem disso tudo, está nos torcedores ligados
efetivamente a facções criminosas, são pessoas que não são torcedores, são
pessoas que têm interesses e fins lucrativos com essa situação. São coisas que
fogem um pouco do que podemos fazer como justiça desportiva”, acrescentou.
Além
disso, o procurador afirmou que o Ministério Público também é uma importante
ferramenta para a contenção destes acontecimentos. “Quando os torcedores
passam a ser criminosos, a justiça desportiva não compete mais. Nós estamos
aqui, até como efeito exterior, na Uefa, na Fifa, para pegar um torcedor
violento, punir o clube, para que o torcedor compreenda esse caráter pedagógico,
junto com a punição do clube para que ele aprenda. Está muito distante com o
que podemos fazer. Isso são criminosos profissionais e já compete à Polícia e
ao Ministério Público conter essa relação”, finalizou.
Fonte: Gazeta Esportiva
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