Ainda no governo da ex-prefeita Eliene Nunes, o
Ministério Público Estadual cobrou da prefeitura a regularização dos serviços
de Lava a Jato em Itaituba, incluindo uma cobrança mais incisiva sobre os que
atuam na área conhecida como beira rio, na margem do Tapajós. O presidente da
Associação dos Lava a Jato conversou com a reportagem do blog sobre esse
assunto.
Blog do JP - Gléuson Apinagés, a SEMMA – Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, tem apertado para que os Lava a Jato se regularizem. Como é que
está esse processo, que começou no governo passado, mas, deu uma parada?
Gléuson - No governo passado fomos cobrados para fazermos uma
regularização, uma adequação; só que houve uma pausa na ação da fiscalização, e
também houve a paralisação da parte dos donos de Lava a Jato. Quando foi agora,
fomos chamados, fomos convocados, o vice-presidente Bolão e nós fomos comunicados
que iria haver uma reunião com o secretário de Meio Ambiente para que haja uma
adequação e uma regularização dos Lava a Jato.
Hoje
está todo mundo se precavendo, todo mundo correndo atrás para que se regularize.
Há uma conscientização de todos ou da maioria de que não dá mais para adiar. Já
uma consciência de todos, porque são muitos, mas quase todos já estão cientes
que tem se regularizar, pois quem não fizer sua regularização e uma adequação vai
ser fechado, vai ter seu Lava a Jato fechado. São palavra do secretário de Meio
Ambiente.
Blog do JP - Quantos Lava a Jato existem na cidade atualmente?
Gléuson - Eu acredito que existem mais de 100 Lava a Jato,
porque eu já fiz um levantamento, um cadastramento, e consegui só em um
determinado bairro, 25 Lava- Jato.
Blog do JP - Todos os Lava a Jato da cidade já estão associados?
Gléuson - Ainda falta um bocado. Houve essa paralisação do
trabalho de fiscalização do governo passado; então, houve uma acomodação de
muitos, por esses fatores, mas, muitos estão querendo se regularizar.
Blog do JP - Você acha que a maioria já está filiada à associação?
Gléuson - Eu acredito que 40% já estão na associação, e quem
está fora vai procurar se regularizar, pois pela Associação fica concentrada e
provavelmente fica mais cômodo resolver os problemas. Com certeza, eu posso até
lhe relatar que através da Associação nós já conseguimos um valor bem mais em
conta do alvará. Já conseguimos uma redução da taxa da secretaria de Meio
Ambiente, que era alta. Já conseguimos alguns benefícios com o Corpo de Bombeiro.
Quando a gente chega a qualquer órgão em nome da Associação dos Lava a Jato,
nós conseguimos um valor bem mais em conta.
Blog do JP - Qual é a principal dificuldade que vocês estão enfrentando
hoje processo de regularização?
Gléuson – A principal dificuldade, posso lhe dizer que é a
questão de um documento que precisa ser tirado para legalização, que é o alvará
de Tributos, porque é cobrado por metro quadrado. Então, quando se faz a
metragem não sai muito barato, e não é muito viável para o bolso, sobretudo
para o dono de um pequeno Lava a Jato pagar uma taxa alta que é cobrada. E nós
estamos aí tentando buscar respostas junto ao prefeito Valmir Clímaco e ao
secretário de Meio Ambiente para que haja uma viabilidade para que possamos
pagar essa taxa de alvará de Tributos.
Taxa de até R$ 3.000,00 assusta
Blog do JP - É verdade que tem caso em que o ambiente é maior, já
que é por metro quadrado, onde chegou a passar de R$ 3.000,00 essa taxa?
Gléuson - Já teve um Lava a Jato onde foi feito o cálculo do
alvará de Tributos que de acordo com a metragem do local passou de R$ 3.000,00.
(Esse local foi o Lava a Jato Nogueira).
Blog do JP – E como está a discussão sobre os que trabalham na
beira do rio?
Gléuson - Essa foi a primeira coisa que cobrada do secretário
de Meio Ambiente, a questão dos lavadores da beira do rio, aonde isso causa uma
polêmica. Os que trabalham lá cobram do secretário pelo fato de pagarem seus
impostos sem ter direito a nenhum documento para sua legalização, sendo que não
há nenhuma legalização ali na beira do rio. Então, essa é uma coisa que já foi
relatada, sendo informado que vai haver uma ação ali e não vai poder continuar na
beira do rio. Foi o que foi relatado pelo secretário de Meio Ambiente. Isso
ficou claro. Ninguém vai poder continuar com Lava a Jato ali, na beira do
Tapajós.
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