A decisão
sobre o decreto de emergência deverá será tomada nas próximas horas pelo
prefeito Arthur Neto, que fará uma reunião de avaliação sobre a cheia. Ontem,
segundo o Porto Privatizado de Manaus, o nível do rio permaneceu em 29 metros.
De acordo
com a Defesa Civil de Manaus, o relatório do Departamento de Operações
identificou 15 bairros de todas as zonas da cidade que devem ser afetados pela
cheia. Tarumã, Mauazinho, São Jorge, Educandos, Raiz, Betânia, Presidente
Vargas, Colônia Antônio Aleixo, Aparecida, Centro, Santo Antônio, Cachoeirinha,
Glória, Compensa e Puraquequara, além de 13 comunidades da área ribeirinha
estão na lista, segundo o órgão.
No Beco
Inocência de Araújo, no bairro do Educandos, moradores relataram que os
parentes estão ficando doentes por causa do contato com a água contaminada. Na
área, a água dos rios está entrando nas casas e levando também o lixo jogado
nos igarapés. “Essa semana minha sobrinha caiu nessa podridão, volta e meia
aparece uma cobra. Esse ano está subindo muito rápido o rio e nós não temos
para onde ir. Nós estamos com medo”, disse a dona de casa Nanci Batista, 63.
No mesmo
beco, Vaneza Santana, 43, conta que a água já invadiu a casa e pelo menos 4
pessoas da família já ficaram doentes, em decorrência do problema. Conforme a
dona de casa, o odor forte piora nos dias mais quentes.
“Tá com
pouco tempo, todos ficaram doentes, são quatro famílias aqui dentro. Ficamos
com diarreia. Minha preocupação mesmo são as crianças”, disse ela.
O bairro já
foi atendido, segundo a Defesa Civil Municipal, com passarelas para facilitar o
acesso dos moradores às casas. Além do Educandos, São Jorge, Raiz, Presidente
Vargas, Colônia Antônio Aleixo, Aparecida e Centro, Tarumã e Cachoeirinha
também já foram atingidos pela cheia e receberam o acesso por passarelas.
Alerta
A previsão
do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é que a cheia em Manaus atinja a cota
média de 29,21 metros, ultrapassando em 2,02 metros a enchente do ano passado.
Mesmo que a
previsão de cota máxima (29,46 metros) para o ano de 2017 seja atingida, ainda
não superaria a marca histórica de cheia em Manaus de 29,97 metros, registrada
no dia 29 de maio de 2012.
Fonte:
Diário do Amazonas
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