A
constatação é preocupante: Altamira, sudeste paraense, teve a maior taxa de
homicídios do país em 2015, com 105,2 casos para 100 mil pessoas. Os números,
vergonhosos para o Pará, foram divulgados nesta segunda-feira (05) pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, através do Atlas da Violência 2017.
De acordo com o dossiê, os números podem ter
sido motivados pela construção da Usina de Belo Monte, provocando o crescimento
rápido e desordenado da cidade, podendo ter implicações sobre o nível de
criminalidade. Tal situação, aliada à falta de presença e ações efetivas do
Governo do Pará no local, talvez expliquem os altos índices.
A
média de mortes seria uma taxa de 28,9 assassinatos para cada 100 mil
brasileiros. Apesar de ser 3,1% menor que a de 2014, a proporção é 10,6% maior
que a registrada em 2005.
Na outra ponta da tabela que destaca Altamira
como a mais violenta, encontra-se a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa
Catarina, é o município com mais de 100 mil habitantes que registra a menor
violência letal. Foram cinco assassinatos em 2015 e uma taxa de homicídios de
3,1 casos para cada 100 mil habitantes.
Violência cresceu no país
A variação da taxa de homicídios se deu de
forma desigual no país entre 2005 e 2015. Em seis estados do Norte e Nordeste,
a taxa cresceu mais de 100%, enquanto em todo o Sudeste o indicador caiu. No
Rio Grande do Norte, a taxa de homicídios cresceu 232%. Em São Paulo, houve uma
queda de 44,3%.
Além
dos estados do Sudeste, houve quedas da taxa de homicídios em Rondônia,
Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraná. Pernambuco é destacado pela pesquisa
como uma "ilha de diminuição de homicídios" em meio a uma região em
que a taxa cresceu com grande intensidade. Apesar disso, a queda de 36% obtida
entre 2007 e 2013 foi em parte perdida com um aumento de 13,7% registrado de
2014 para 2015
(Diário do Pará - Com informações do UOL e da Agência Brasil)
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