Nesta
terça feira,09, foi o Dia D para a categoria dos profissionais da educação.
Após seis Assembleias, finalmente o SINTEPP chegou a um denominador comum
sobre a deflagração de greve.
O
episódio tem semelhança com a desastrosa gestão da ex-prefeita Eliene Nunes que
a princípio também disse que não iria dar aumento, mas depois não aguentando
pressão concedeu 5%. A mesma estratégia será usada contra o prefeito Valmir
Clímaco que também não deu reajuste.
Ao
contrário da Assembleia anterior que terminou em meio a tumultos, a dessa terça
foi mais tranquila. Celson Noronha, como integrante da mesa, passou os informes
sobre a assembleia, leu um documento enviado pelo prefeito tentando justificar
porque não iria dar nenhum reajuste.
A
sindicalista professora Lúcia disse que o prefeito só apresenta números
fictícios sem justificar em documentos. A comissão do SINTEPP disse que tiveram
pouco acesso às informações solicitadas à Semed, vendo falta de transparência
nesse ato. Ela reiterou que são dados tirados da cabeça dele (prefeito) e
que não reflete a realidade financeira do município.
Foi
dito, antes de colocar em votação a decisão da greve, de forma clara, que o
SINTEPP irá para o enfrentamento por se tratar de um governo capitalista que
não tem noção do valor da educação por considerar que educação seja despesa e
não investimento. Celso disse em bom tom ”Não vamos nos calar, ele não vai nos
amordaçar”.
Os
educadores consideraram risível algumas ponderações do prefeito Valmir Clímaco
para não conceder nenhum reajuste quando afirma no oficio que está pagando
previdência e patronal.
Para
Celso, o prefeito está fazendo uma péssima gestão, uma má administração. O
sindicalista, para a imprensa deixou bem claro que os dois únicos culpados pela
deflagração da greve foram o prefeito e o secretário de educação que
menosprezaram a categoria se recusando a sentar para uma negociação.
Os
educadores lembram que o prefeito não fala em construir escolas, mas só criar
anexos sem as mínimas condições de atender estudantes, principalmente, dos
bairros mais distantes incluindo os residenciais. Celso Noronha informou
a categoria na Assembleia que a comissão pediu ao prefeito e secretário uma
relação nominal dos servidores da educação cedido em outros setores e a lista
nunca foi enviada, reiterando ainda que todos os prefeitos negociaram com o
SINTEPP, somente Itaituba foi quem propôs reajuste zero.
Antes
de votar sobre a greve, a mesa colocou em votação na assembleia proposta de
mudança de data para eleição de diretor e vice-diretor das escolas Municipais
para que ao invés de junho a eleição venha a ocorrer somente em novembro deste
ano. Mesmo com grande número de diretores na Assembleia por maioria foi
decidido que permaneça mesmo a data de junho já que uma eventual mudança
implicaria em complexas mudanças de leis o que não daria tempo.
Em seguida o professor
Celso Noronha colocou em votação a deflagração da greve.
Os
profissionais da educação, vigias, professores, diretores, merendeiras votaram
em maioria pela deflagração da greve. Com isso o SINTEPP vai respeitar as 72
duas horas estabelecidas em Lei, após enviar oficio comunicando a decisão da
categoria, ao prefeito, juiz e promotor de justiça, iniciarão de fato e de
direito a greve.
Segunda feira (15) na sede do SINTEPP será formada o comando de
greve e as comissões que irão conduzir o processo até que o prefeito ceda ou
não numa provável negociação. A demonstração inequívoca que o prestigio
político do prefeito cresce entre a categoria está em baixa foi que a
Assembleia desta terça feira dia, 09/05, teve expressiva presença dos
profissionais da educação lotando auditório do Sindicato.
Fonte: Nazareno Santos
Edição de texto: Jota Parente
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