As armas das quais
dispomos para combater esses absurdos perpetrados contra nós, a partir de
Brasília, como essas famigeradas medidas provisórias 756/16 e 758/16, são poucas. Precisamos utilizá-las para que nos ouçam e nos vejam.
Vamos permitir sem nenhum tipo de reação, que milhões de toneladas de grãos
embarquem na nossa cara, movimentando riqueza de um lado para outro, sem que
fique nada com a gente?
Não queremos atrapalhar
ninguém pelo prazer de atrapalhar; não queremos prejudicar os produtores de
grãos de Mato Grosso, nem as empresas de transportes, mas, ou reagimos, ou
então, procuremos outro lugar para trabalhar, porque aqui caminha para ficar
inviável, de tanta maldade que o governo já fez com a gente, e continua fazendo.
Em 2008, quando estava
viajando de Moto pela América do Sul, com o Jadir, a gente foi entrevistado
pela afiliada da Rede Globo, em Blumenau.
O primeiro questionamento que
me foi feito, foi a respeito da destruição da Amazônia. Eu respondi com uma
pergunta: você faz ideia de quantos brasileiros vivem? Disse-lhe que eram mais de 20 milhões de pessoas.
Prossegui, informando-o de que
sendo eu um caboclo nascido e criado aqui, não quero ver esse imenso patrimônio
natural destruído. Porém, como cidadão brasileiro, quero ter o direito de viver
com dignidade, o que as autoridades querem nos tirar. Por isso, chega de
assistir impassíveis a esse cerceamento dos nossos direitos de brasileiros. Ou
será que nossa brasilidade vele menos do que a do pessoal do Sul e do Sudeste?
Dentro da lei, sem depredar
patrimônio público ou privado, vamos fazer o que for preciso para que essas
medidas provisórias não passem do jeito que foram geradas.
Jota Parente
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