quarta-feira, abril 12, 2017

Cúpula de segurança pública do Estado não deu as respostas que Itaituba esperava

Sec. Jeannot Jansen
 A presença da cúpula da segurança pública do Estado em Itaituba para participar de uma audiência pública, não apresentou os resultados que a comunidade itaitubense, e de outros municípios que estiveram representados esperavam.
            Pareceu mais uma reunião para que as pessoas tivessem oportunidade de desabafar, falando do medo e da revolta que a cidade de Itaituba vive, por causa da crescente violência que está mudando os hábitos da população, que não pode mais andar pelas ruas olhando o celular ou ficar sentada em frente às suas casas.
            O secretário de segurança do Estado, general da reserva Jeannot Jansen, sem dúvida, foi a principal figura da audiência pública, ao qual foi direcionada a maioria dos questionamentos.
Del. Rilmar Firmino
Pref. Valmir Climaco e dep, Hilton Aguiar
            Vieram com ele, o delegado Rilmar Firmino, delegado geral de polícia civil e o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Roberto Campos.
            Quase todos os vereadores estiveram presentes, assim como representantes de muitas entidades, o deputado Hilton Aguiar e o prefeito Valmir Climaco.
            O primeiro item da pauta foi segurança no trânsito, assunto que foi tratado por mais de uma hora e meia, e sobre o qual pouco ou quase nada se avançou.
            Falou-se sobre a necessidade da construção de um novo prédio para o Detran, questão que se arrasta há alguns anos sem solução. A resposta do secretário foi que é preciso ver se existe dotação orçamentária para esse fim. E para não dizer que não aconteceu rigorosamente nada, foi informado pelo diretor local do Detran, que a empresa VIP, responsável pelo recolhimento dos veículos apreendidos em blitz, vai disponibilizar um carro-guincho para o município de Itaituba, e que vai procurar um local para servir de pátio do Detran, nesta cidade.
Ten.Cel Campos
            A segunda pauta foi sobre a atuação das polícias.
            O vereador Diego Mota, em uma de suas intervenções, aproveitou para pedir ao prefeito Valmir Climaco, que estude com muito carinho a implantação da guarda municipal, sugestão feita por ele através de um projeto de resolução, justificando seu pedido, afirmando que isso poderá contribuir para melhorar a segurança na cidade.
            Para o vereador Peninha, a impunidade é um dos principais problemas que alimentam a criminalidade, pois entende que isso começa nas delegacias de polícia a partir do momento em que não são feitos os procedimentos de forma correta.
            Não adianta colocar mil homens nas ruas, disse o vereador, se o trabalho da polícia não for feito adequadamente. Se não combater a impunidade, afirmou ele, estamos perdendo tempo aqui nesta audiência pública.
            Peninha pergunta ao delegado geral Rilmar Firmino, quantos casos de assaltos de todos os portes, incluindo alguns grandes, foram elucidados em Itaituba ultimamente.
            Quase nenhuma pergunta ficou sem resposta, mas, poucas respostas representaram algum tipo de solução para a violência, que era o que todos buscavam nessa reunião.
            Ao final, ficou constado em ata que haverá um esforço concentrado para promover um combate acirrado aos criminosos, tendo o prefeito Valmir Climaco assumido o compromisso de a prefeitura de Itaituba fornecer por três meses, 700 litros de combustível ( 2.100 no total), para que a Polícia Militar possa fazer de forma ostensiva o patrulhamento na cidade. Por seu lado, o comando da PM comprometeu-se a mandar mais 40 homens para a sede do município, como reforço.
            Isso colocado, vem algumas perguntas: e o que virá depois dessa atuação ostensiva da PM? Quem irá garantir a segurança do povo de Itaituba?
            Trata-se de mais uma solução paliativa para um problema que está se torando crônico e só faz piorar a cada dia.

            Foi conversa demais para solução de menos, e o que se viu foi, sobretudo o secretário de segurança apresentar justificativas de todas as ordens a respeito das dificuldades do Estado. Ele e alguns presentes culparam a legislação pela situação, o que foi contestado pelo vereador Peninha. E pode-se dizer que o balanço dessa audiência pública não foi dos mais positivos. 

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