Apesar do serviço feito na
curva da rodovia Transamazônica, o igarapé oriundo voltou a provocar
alagamentos, e sempre que isso acontece o projeto da macrodrenagem é lembrado
como a solução definitiva para o problema dos alagamentos, pois a macrodrenagem
vai ampliar as margens do igarapé e aprofundar o seu
leito e assim permitir uma vazão maior da água.
É bom lembrar que futuramente,
toda a água que se acumula na lagoa dos Patinhos também será escoada para o
igarapé oriundo, e como a macrodrenagem é um projeto ainda distante de se
tornar realidade, a prefeitura, nos períodos chuvosos vai ter que continuar
fazendo ações emergenciais para evitar transtornos como os desta quarta-feira (05).
Mas esses alagamentos só
causam todos esses prejuízos, devido às ocupações irregulares espalhadas pela
cidade.
Na lagoa dos Patinhos, as
construções tomaram mais da metade da área onde a água da chuva ficava acumulada,
e agora, qualquer chuvinha é suficiente para transbordar a lagoa
e alagar as ruas do seu entorno.
O mesmo problema ocorre no
igarapé oriundo; como não há por parte do poder público, nenhuma fiscalização,
essas ocupações irregulares vão continuar provocando transtornos para quem mora nesses locais sujeitos a
alagamentos.
Durante a ação emergencial
feita pela secretaria de infraestrutura, ao longo do igarapé, o prefeito teve
que negociar a retirar de um barraco para desobstruir a passagem da água, e
como os ecos da campanha eleitoral ainda pairam no ar, algumas pessoas usaram
as redes sociais para criticar essa decisão do prefeito.
Particularmente, eu entendo
que a atitude do prefeito não caracterizou uma desapropriação, e sim, uma
indenização para a família ter condições de construir a sua casa em um local
mais seguro.
Penso que as críticas seriam
muito mais severas, se nada tivesse sido dado ao proprietário do barraco, e ao
rigor da lei, isso poderia ter ocorrido, pois área pertence ao patrimônio
municipal e foi ocupada ilegalmente.
É por essa e outras razões,
que a prefeitura, através do seu setor de tributos, deve efetuar uma fiscalização
constante para evitar que os espaços públicos continuem sendo ocupados de forma
irregular, pois essa prática tem criado transtornos à sociedade e prejuízos ao
erário público.
Jornalista Weliton Lima.
Comentário do Focalizando, 06.04.2017
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