Os atos públicos da semana
passada tinham uma enorme relevância para a população, pois abordaram temas
cruciais para a vida do itaitubense; mas lamentavelmente a participação popular
ficou muito abaixo do que se esperava.
Isso mostra que a população,
mesmo sofrendo na pele os efeitos da violência e da falta de atendimento médico
especializado, prefere ficar olhando de fora os acontecimentos sem se envolver.
Essa aversão em participar de
manifestações de interesse coletivo é um comportamento típico do itaitubense, e
se reflete até dentro dos sindicatos e entidades classistas.
Um exemplo, são as assembleias
quase sempre esvaziadas pela falta de interesse das pessoas em defender os seus
direitos.
Passadas as manifestações, sem
que o barulho das ruas fosse capaz de causar uma repercussão maior no meio político, o governo
continua tapeando a população com as mesmas desculpas.
No caso do Hospital Regional
do Tapajós, o governo diz que vai entregar essa obra na metade do ano de vem.
Essa é mais uma promessa sem
nenhuma garantia de que isso vai realmente acontecer; e enquanto o hospital
Regional não entra em funcionamento, diariamente, entre quarenta e cinquenta
pacientes, precisam se deslocar para Santarém em buscar de atendimento médico
especializado.
Já na questão da segurança pública,
a resposta que veio foi ainda mais evasiva; em vez de reconhecer o problema e
apresentar medidas para inibir a audácia dos bandidos, a sugestão de algumas
autoridades policiais é que a população reveja seus hábitos de vida noturna
para diminuir a quantidade de crimes.
Essa é uma sugestão surreal; a
população deixar de se divertir por causa da bandidagem.
Isso é o mesmo que querer
criminalizar a vítima, mas como a população não abre a boca para reclamar, nada
vai mudar, e as demandas da população itaitubense nunca vão estar entre as
prioridades do governo.
Jornalista Weliton Lima
Comentário do telejornal Focalizando, quinta-feira,
30/03/2017
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