quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Carretas formam filas imensas na BR 163

            Por Mauro Torres
            Texto veiculado no telejornal Focalizando
            Fotos digitalizadas por Arlyson Souza

Continua crítica a situação no trecho da BR-163 que envolve cinco comunidades do município de Trairão. Já são mais de duas mil carretas paradas na rodovia e o clima é tenso na região.
            A fila de carretas já ocupa uma faixa de mais de cinquenta quilômetros da rodovia BR-163.
São mais de duas mil e quinhentas carretas estacionadas, esperando pela solução de um problema que já era previsto.
Devido às chuvas que caíram na região nos últimos dias, parte da rodovia, onde não há pavimentação, foi sendo rapidamente danificada, e logo se formaram os atoleiros.
As carretas carregadas com soja e milho, vêm do Matogrosso com destino aos portos de Itaituba e Santarém, mas a viagem que poderia durar, em média, quatro dias em condições normais, já está com mais de duas semanas.
Presos na rodovia, com todo o planejamento de viagem comprometido, os carreteiros têm que buscar alternativas para administrar um problema que não foi criado por eles.
O dinheiro que veio para as despesas já acabou, e começam a faltar os alimentos e água potável. Os motoristas estão utilizando água da chuva para cozinhar e tomar banho.
No meio do grupo, cada vez mais números, estão idosos, mulheres e crianças. E a situação vai ficando cada vez mais crítica.
O problema acontece a cerca de sessenta e cinco quilômetros da cidade de Trairão, por um trecho que passa por cinco comunidades, onde o comércio já está desabastecido, sem condições sequer de atender às necessidades dos próprios carreteiros acampados.
Um representante da Prefeitura de Trairão disse que essa não é uma situação recente, e já havia previsão de aumento na quantidade de carretas passando por aquele local, mas não houve nenhuma mudança na infraestrutura de transporte.
O assunto já chegou à capital do Estado, e o comando da Polícia Rodoviária Federal enviou um pequeno grupo para evitar qualquer situação mais crítica entre os caminhoneiros.
Já o DNIT informou que há uma empresa contratada para garantir a manutenção da rodovia nos trechos mais críticos.
A máquina foi enviada no domingo passado e ainda está fazendo correções na área de atoleiros. Enquanto isso, a fila de carretas vai crescendo, e os motoristas querem providências mesmo é da capital federal, Brasília.

O diretor executivo do Consórcio Tapajós, Nery Prazeres, que representa os municípios da região, destaca a necessidade de o governo dar atenção à rodovia, que já é considerada rota da soja e tem forte influência no mercado exportador de grãos do país.





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