Por
Mauro Torres
Texto veiculado no telejornal Focalizando
Fotos digitalizadas por Arlyson Souza
Continua crítica a situação no trecho da BR-163
que envolve cinco comunidades do município de Trairão. Já são mais de duas mil
carretas paradas na rodovia e o clima é tenso na região.
A fila de carretas já ocupa uma
faixa de mais de cinquenta quilômetros da rodovia BR-163.
São mais de duas mil e quinhentas carretas
estacionadas, esperando pela solução de um problema que já era previsto.
Devido às chuvas que caíram na região nos
últimos dias, parte da rodovia, onde não há pavimentação, foi sendo rapidamente
danificada, e logo se formaram os atoleiros.
As carretas carregadas com soja e milho, vêm do
Matogrosso com destino aos portos de Itaituba e Santarém, mas a viagem que
poderia durar, em média, quatro dias em condições normais, já está com mais de
duas semanas.
Presos na rodovia, com todo o planejamento de
viagem comprometido, os carreteiros têm que buscar alternativas para
administrar um problema que não foi criado por eles.
O dinheiro que veio para as despesas já acabou,
e começam a faltar os alimentos e água potável. Os motoristas estão utilizando
água da chuva para cozinhar e tomar banho.
No meio do grupo, cada vez mais números, estão
idosos, mulheres e crianças. E a situação vai ficando cada vez mais crítica.
O problema acontece a cerca de sessenta e cinco
quilômetros da cidade de Trairão, por um trecho que passa por cinco
comunidades, onde o comércio já está desabastecido, sem condições sequer de
atender às necessidades dos próprios carreteiros acampados.
Um representante da Prefeitura de Trairão disse
que essa não é uma situação recente, e já havia previsão de aumento na
quantidade de carretas passando por aquele local, mas não houve nenhuma mudança
na infraestrutura de transporte.
O assunto já chegou à capital do Estado, e o
comando da Polícia Rodoviária Federal enviou um pequeno grupo para evitar
qualquer situação mais crítica entre os caminhoneiros.
Já o DNIT informou que há uma empresa
contratada para garantir a manutenção da rodovia nos trechos mais críticos.
A máquina foi enviada no domingo passado e
ainda está fazendo correções na área de atoleiros. Enquanto isso, a fila de
carretas vai crescendo, e os motoristas querem providências mesmo é da capital
federal, Brasília.
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