A
18ª Legislatura da Câmara Municipal de Itaituba começou ontem, 02/02, com uma
sessão solene cansativa, que durou quase 240 minutos, ou quatro horas.
A
decisão da mesa diretora, de conceder 10 minutos para a fala de cada vereador
foi um erro que poderia ter sido facilmente evitado, caso alguém tivesse tido o
cuidado de multiplicar esse número por 15, o total de vereadores, totalizando
150 minutos, ou duas horas e meia.
Dois
ou três vereadores usaram um pouco menos do seu tempo, mas, alguns extrapolaram
e com isso a previsão inicial do tempo foi ultrapassada.
O
prefeito Valmir Climaco, acompanhado da primeira dama e titular da SEMDAS, Solange
Aguiar, chegou minutos antes do horário marcado para o início da sessão solene.
Primeiro
orador a usar a palavra, o vereador do PSDB, Davi Salomão fez o discurso mais
bem elaborado e consistente.
Ele
cumprimentou o prefeito pelo início de governo muito positivo, mostrando muita
disposição para o trabalho, o que espera que seja a marca do gestor até o final
do mandato.
“O
prefeito deve saber ouvir a Câmara, a qual deve saber o ouvir o prefeito, para
que os dois poderes trabalhem em harmonia. É importante que haja consenso para
que se monte uma agenda propositiva”, disse ele.
O
edil do PSDB ressaltou que é preciso manter elevado o nível dos debates, pois
as discussões em baixo nível nada acrescentam de positivo.
Davi
também falou sobre a necessidade de Itaituba ter ganhos reais com a implantação
de tantos novos empreendimentos, de modo direto referindo-se aos portos de
Miritituba. “O que está ficando para Itaituba”? questionou ele.
Também
as constantes reclamações da população contra a Celpa foram citadas por ele,
que prometeu ser uma voz do povo a esse respeito.
Peninha – Dois pontos
destacados do discurso do vereador Peninha (PMDB) foram a questão da falta de
empregos no município, que segundo ele, é o maior problema que Itaituba
enfrenta hoje.
Ele
também ressaltou que, embora compreenda que existe muita gente que não tem um
teto seu para morar, há uma indústria de invasão de terrenos, onde certas
pessoas, quase sempre as mesmas, aproveitam para tirar lotes para vender
posteriormente. Disse que é preciso acabar com essa prática.
Peninha
deverá ser o líder do partido do prefeito na Câmara, embora a comunicação por
ofício ainda não tenha sido enviada pelo PMDB.
Maria – Vereadora de quinto
mandato, Maria Pretinha destacou um ponto que arrancou aplausos no início do
seu discurso.
“Prefeito
Valmir Climaco, o senhor não é um governante perseguidor”.
Ela
falou sobre sua recente viagem a Belém, em companhia dos vereadores Manuel
Dentista e José Belloni. Na capital eles trataram com autoridades do governo do
Estado, sobre a construção da escola de ensino médio de Miritituba, obra que já
deveria ter sido feita há muito tempo, mas, que emperrou e prejudica centenas
de alunos daquele distrito.
Diego – Iniciando seu
primeiro mandato, o vereador Diego Mota começou cumprimentando todos os colegas
da imprensa, da qual faz parte.
“Esta
Câmara vai ser muito cobrada pela população, pois houve uma renovação de dois
terços da composição passada para esta. Isso deixou claro, que o povo queria
mudança. Nós teremos que responder a essa expectativa com muito trabalho”,
falou Diego.
Dirceu – Dirceu Biolchi (SD),
falou das dificuldades que enfrentou no primeiro mandato, por ser o
representante de uma região que fica muito distante da sede do município.
Disse
que a situação da rodovia Transgarimpeira é muito complicada, e que ele tem
feito o que pode para recuperar trechos onde o trafego de veículos fica muito
complicado por causa do pesado inverno.
Outro
ponto abordado por ele foi a morosidade do governo municipal na regularização
de terrenos. No caso de Moraes Almeida, pouca gente conseguiu. Ele espera que
no governo de Valmir isso mude.
Nem – Vereador mais bem
votado na eleição de outubro passado, Nem de Miritituba disse que o distrito
que representa tem muitas demandas para serem atendidas.
Os
portos chegaram, ressaltou, mas, os problemas trazidos por esse crescimento são
maiores do que as contrapartidas.
Nem
afirmou que esta semana foi deixar seu filho na escola municipal onde o mesmo
estuda, e quando chegou no local foi assustado ao ver que chove mais dentro das
salas do que do lado de fora do prédio.
Há
salas, disse ele, nas quais durante a chuva os alunos são obrigados a deixarem
suas carteiras, para não se molharem. Acredita Nem, que o atual governo
resolverá essa situação.
Bellonni – José Belloni falou
que sabe da responsabilidade que pesa sobre seus ombros como representante do
distrito de Campo Verde.
O
vereador do PSDB fez justiça a um homem que foi incansável na luta pela
melhoria do distrito, que foi o saudoso ex-vereador João Crente.
Por
dois mandatos, lembro Belloni, João Crentes empenhou-se ao máximo para
conseguir as coisas para o distrito que tão bem representou.
O
ex-vereador morreu no final do segundo mandato.
Casa cheia – A área reservada
para o público ficou pequena, e muita gente ficou em pé. Porém, como a sessão
solene foi por demais cansativa, meio-dia, cerca de metade das pessoas já tinha
deixado o local.
Quando
terminou, havia pouca gente.
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