quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Câmara começou poupando a nova gestão de críticas

As únicas novidades na primeira sessão ordinária do ano na Câmara foram os vereadores de primeiro mandato, pois os discursos não apresentaram fatos novos.

Havia uma maçaroca de ofícios para serem lidos, o que fez com que o primeiro orador só fosse usar a tribuna às 10:10.

A única ausente foi a vereadora Antônia Borroló, que se encontra em Belém.

O Executivo enviou um projeto de lei para a Câmara, para o qual pediu urgência urgentíssima, tratando do contrato que pretende fazer com a Caixa, para passar toda a folha de pagamento para esse banco.

O PL foi encaminhado para as comissões de Justiça e Redação Final, e de Finanças.

Os discursos evitaram qualquer tipo de crítica ao recém instalado governo do prefeito Valmir Climaco, que por enquanto parece não ter oposição na Casa de Leis.

Peninha, que foi o primeiro a usar a palavra, tratou de dois assuntos bem atuais, que são o preço das passagens de lancha na linha Itaituba – Santarém e uma ação do governo do Estado, que prejudica Itaituba.

Ele criticou o índice do reajuste na passagem de lancha autorizado pela ARCON, que deixou acumular alguns anos para majorar de uma vez, o que gerou muita reclamação dos usuários, muitos dos quais migraram para o transporte rodoviário, já que praticamente ninguém mais viaja de barco.

Da mesma forma, teceu críticas ao órgão regulador, que autorizou duas lanchas a saírem no mesmo o horário, o que tem causado confusão, porque não há demandas para as duas.

Ele quer que a Câmara se empenhe para resolver essa questão, e para tanto, apresentou requerimento na sessão de ontem, aprovado, pedindo que as partes sejam convidadas para discutir o problema.

O outro assunto diz respeito ao governo do Estado, que depois de passar para a SEMMA do município diversas competências para fazer licenciamento ambiental, acena com a possibilidade de retomar algumas que lhe interessam, mas, que prejudicam Itaituba.

No caso presente, o edil se referiu ao licenciamento de grandes empreendimentos, como as estações de transbordo de cargas.

Ele disse que o Estado informou que uma empresa fez uma pesquisa a respeito dos potenciais, em Miritituba, a qual teria custado R$ 25 milhões.

Agora, o governo de Simão Jatene quer que as empresas paguem por isso, o que terá como principal consequência o não cumprimento das condicionantes já assumidas. Ou seja, Itaituba, mais do que nunca, corre o risco de virar apenas um corredor de exportação, ficando somente com as mazelas desse crescimento desordenado.

Ele quer que, tanto a Câmara, quanto os deputados Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta arregacem as mangas para defender os interesses de Itaituba.

Diego Mota fez sua estreia na tribuna, falando das péssimas condições das BRs 230 e 163. Nessa última, principalmente dos locais ainda não pavimentados.

Ele falou que vai enviar ofício para o deputado federal Francisco Chapadinha, que é de seu partido, no qual solicitará uma reunião com o DNIT para cobrar providência.

O vereador do PTN também do grande número de acidentes de trânsito com mortes neste começo de ano, e sobre a obra do Hospital Regional do Tapajós, que continua paralisada.

Davi Salomão focou seu discurso nos problemas que os consumidores de Itaituba tem com a Celpa, destacando que o Pará tem a segunda tarifa mais cara do Brasil, com um serviço ruim.

Somente em 2016, disse que somente em 2016 a Celpa teve mais de 1.500 reclamações no Procon, tendo sido multada em mais de R$ 7 milhões, mas, nada aconteceu, porque a empresa recorre e o prejudicado é o consumidor.


Ele pediu apoio dos colegas em um esforço que pretende fazer para que o INMETRO se instale em Itaituba, para que os medidores de energia elétrica, quando for preciso, sejam periciados aqui mesmo, em vez de serem mandados para Belém.

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