A declaração
polêmica do governador foi repercutida nacionalmente pelos veículos de
comunicação
Em
entrevista para uma rádio local em Manaus, o governador José Melo (Pros) deu
uma declaração polêmica que foi repercutida nacionalmente pelo jornal ‘Folha de
São Paulo’ desta quarta-feira (4). Questionado pelo radialista sobre o massacre
no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou em 56 mortes o
governador declarou:
"Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores
(...) e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do
Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos [os ameaçados]
quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar que continuasse
acontecendo o pior", afirmou o governador à rádio.
Ainda
durante a entrevista, o governador culpou o tráfico de drogas e superlotações
pela situação do sistema carcerário. "[A superlotação] é um problema comum
a todos os Estados. Os recursos para a construção de novas prisões não foram na
mesma velocidade que as secretarias de segurança agiram prendendo as pessoas.
Então resultou nessa situação".
E
continuou: "No caso do Amazonas, esse caso é mais grave, já que em dois
anos de governo, nós já apreendemos 21 toneladas de drogas, o que representa o
quantitativo apreendido por todos os outros governos que me antecederam, e
praticamente dobramos a população carcerária com prisões voltadas sobretudo
para essa questão de tráfico de drogas".
Melo
defendeu ainda a criação de um fundo nacional para financiar o trabalho das
Forças Armadas no combate a entrada de entorpecentes no país. "Eu estou
disposto a tirar dinheiro do meu Estado e colocar em um fundo, porque as forças
armadas têm capacidade, querem fazer, com toda certeza, mas não têm
dinheiro", disse.
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