O
mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de
1,37 milhão de beneficiários em 2016, equivalendo a uma queda de 2,8% em
comparação ao mesmo período do ano anterior, constata a Nota de Acompanhamento
de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde
Suplementar (IESS). A região Sudeste puxou a queda do total de beneficiários de
planos médico-hospitalares em 2016. Nos 12 meses encerrados em dezembro, 1,37
milhão de vínculos foram rompidos (retração de 2,8%) no Brasil, sendo que 1,1
milhão destes, o que equivale a 79,9%, se concentram no Sudeste.
Apenas
no Estado de São Paulo, 630,3 mil beneficiários deixaram de contar com o plano
de saúde médico-hospitalar. O número é maior do que a soma de vínculos rompidos
em todas as outras regiões do Brasil e equivale a 46,1% do total de vínculos
rompidos no País.
O
superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que a
variação se deve, em grande parte, ao cenário econômico negativo e à queda do
nível de emprego do País. "Segundo dados do Caged, o saldo de empregos de
2016 ficou negativo em 1,32 milhão de postos de trabalho formal. Como os planos
coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus
colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares
no País, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o
saldo de empregos formais", aponta.
Carneiro
destaca que o ano poderia ter encerrado com uma redução ainda maior no total de
beneficiários. "Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do
brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de
planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de
romper o vínculo com a operadora." (Terra Notícias)
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