O
advogado Francisco Zavascki disse que não cogita, no momento, que uma sabotagem
tenha sido a causa do acidente que matou o pai dele, o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. O ministro foi uma das vítimas da queda
de um avião em Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro, no final da tarde de hoje
(19).
No
ano passado, Francisco chegou a publicar um texto nas redes sociais afirmando
temer que algo acontecesse ao pai, que era relator da Operação Lava Jato no
STF. “Eu realmente temia, mas agora isso não está passando pela cabeça de
ninguém. Acho que fatalidades acontecem. Paraty, chuva. O avião arremeteu, e é
isso aí. Deu zebra”, afirmou.
Em
conversa por telefone com a Agência Brasil, o advogado
contou que ficou sabendo da tragédia por meio do grupo da família no aplicativo
de mensagens WhatsApp. “O meu cunhado perguntou se o pai estava em Paraty,
porque havia caído um avião. Ficamos assustados e começamos a correr atrás da
informação, até que confirmamos que o pai estava no vôo. Esperamos por um
milagre, mas ele não aconteceu”, relatou Francisco.
O
filho do ministro disse que não está em condições psicológicas de acompanhar a
comoção nacional causada pela tragédia, mas ressaltou que o Brasil perdeu um
grande juiz. “Uma pessoa que não tem medo, uma pessoa que tem postura de juiz.
Infelizmente, abre-se um hiato muito perigoso agora”, completou, referindo-se
aos processos da Operação Lava Jato que estavam sob responsabilidade do pai.
Segundo
Francisco Zavascki, o desejo da família é que o corpo do ministro seja
transportado o mais cedo possível a Porto Alegre, para que velório e enterro
sejam realizados na capital gaúcha.
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