Nesta
semana, nossa equipe de reportagem conversou com um dos principais responsáveis
pelo desmanche do esquema de corrupção, o Delegado Geral de Polícia Civil do
Estado do Pará, Dr. Rilmar Firmino (foto), que esteve em Santarém acompanhando
comitiva do governo estadual, que veio realizar a inauguração de três Unidades
Integradas Pro Paz na região oeste do Pará.
De acordo
com a autoridade policial, o que mais chamou atenção das forças de segurança,
foi o nível de organização que o esquema operava.
“O trabalho
de investigação na SEFA durou seis meses, inicialmente no sul do Pará, e no
decorrer das investigações, nós chegamos a outras regiões.
A operação foi deflagrada no mês passado, e
cumprimos as medidas cautelares determinadas pela Justiça. A partir daí nós
concluímos o inquérito policial, que foi encaminhado para a Justiça. No
decorrer das investigações conseguimos muitas informações novas, que ensejaram novos
procedimentos, e em 2017 os trabalhos terão prosseguimento, em situações que
por si só são objetos de novas investigações.
Na verdade, o que mais chamou atenção da
Polícia, foi a questão do nível de organização do grupo criminoso. A atuação
dos integrantes era complexa, principalmente nas zonas próximas às fronteiras
com outros estados, como no caso de Conceição do Araguaia, Redenção e Xinguara.
Também chamou-nos atenção o fator tempo. Essa
prática ilícita por parte dos servidores da SEFA não é recente. Até porque nós
tivemos servidores que constituíram um patrimônio lá na região, totalmente
incompatível com o que ganha um servidor público da SEFA. Então, isso aí não
foi de uma hora para outra, o que chamou atenção foi o fato do esquema que
estava enraizado, ser uma corrupção histórica. Mas foi muito importante a ação
do Estado. Tenho certeza que com essa ação, nós chegaremos a um patamar de
acordo com que a sociedade exige”, informou Rilmar Firmino.
Segundo o Delegado Geral, com a realização da “Operação
Quinta Parte”, novos dados foram obtidos, e com essas informações adicionais,
outras investigações estão em andamento, o que poderá resultar em novas
prisões.
Fonte: O Impacto
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