segunda-feira, novembro 14, 2016

Garimpo voltou a funcionar na região de São Luiz do Tapajós e o rio sofre agressão ambiental mais uma vez

Fofoca do garimpo dos Periquitos, no Remanso dos Macados, durou menos que um sonho de verão
Foto: blog do Peninha (novembro de 2014)
              No dia 26 de dezembro de 2014, aproximadamente quarenta dias depois de começar a fofoca, o blog do Jota Parente repercutiu matéria do blog do vereador Peninha sobre a situação no Remanso dos Macacos, no Rio Tapajós, próximo da vila de São Luiz. No local chegaram a funcionar mais de 80 dragas, a maioria delas de pequeno porte. Não havia ouro para todo mundo. Ainda Bem.
            Já no dia 9 de maio de 2015 o blog denunciou que dragas escariantes haviam se instalado naquele local, chafurdando com voracidade o leito do Rio Tapajós. O estrago só não foi maior porque uma fiscalização do Ibama deu um basta na agressão ambiental.
           
Esse paraíso está ameaçado mais uma vez

Praia por todos os lados no verão. Há pontos em
que a água já está lamacenta

Próximo a São Luiz

Passado exatamente um ano e meio, eis que recomeçou o estrago, mas, dessa vez o Ibama ainda não apareceu, porque tem estado muito ocupado aplicando multas em produtores rurais, como aconteceu há poucos dias. Os fiscais fizeram uma fiscalização em uma comunidade perto de Itaituba, na qual aplicaram uma pesada multa de mais de R$ 2 milhões em um produtor. Não se trata de um fazendeiro, mas, de um produtor rural que tem seu terreno georeferenciado.
            Enquanto isso, o garimpo dos Periquitos, no Remanso dos Macacos, vai de vento em popa, com dragas consumando mais uma agressão a um dos mais belos rios brasileiros, o Tapajós. E há fotos da situação em que se encontram as águas por perto.
Observa-se a diferença entre a água barrenta da parte
inferior e o azul celeste da parte superior da foto.
O repórter fotográfico/cinematográfico Arlyson Souza, da TV Tapajoara, esteve em São Luiz. Seu intento era chegar até o garimpo, que fica próximo dali, mas, foi aconselhado a não fazer isso, pois segundo pessoas da vila, que conhecem a situação nesse garimpo, o mínimo que poderia acontecer seria atirarem em seu drone para derrubar. E se chegasse muito perto do local, poderia correr maiores riscos. Por essa razão, ele se limitou a fazer imagens da situação em que se encontram as águas do Tapajós.
            Por seu lado, os ambientalistas de plantão, cujos propósitos, nem sempre se sabe quais são, ou para quem trabalham, estão e parece que vão continuar silentes sobre o caso.
            Até quando o Rio Tapajós vai suportar tanta agressão, ninguém sabe.

Fotos: Arlyson Souza

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