Mancha de óleo chegou às praias de Barcarena após o naufrágio. Foto: Ascom/MPF-PA |
A audiência pública deverá debater a possibilidade de um acordo entre os atingidos e algumas das empresas envolvidas no acidente. Estão sendo feitas negociações com a Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pelo porto e Global Norte Trade e Minerva, responsáveis pela operação portuária e pelos bois, para que sejam pagos os danos sociais de caráter coletivo.
O navio está afundado no porto até hoje. Dos quase 5 mil bois mortos, uma parte se desprendeu do casco do navio logo após o acidente, indo dar nas praias de Barcarena, um local de visitação turística próximo da capital paraense. Nos dias que se seguiram ao naufrágio, a população teve que deixar suas casas, andar com máscaras para respiração e fechar os locais de comércio.
Uma parte dos bois mortos apodreceu dentro do casco do navio, liberando subprodutos da decomposição nas águas da região. Outra parte foi retirada pelas empresas e enterrada em local próximo ao porto. Parte dos 700 mil litros de óleo diesel que estavam no Haidar vazaram para as águas, mas a maior parte foi retirada pelos responsáveis.
As consequências para o meio ambiente e para a vida no entorno foram graves. No caso dos danos ao meio ambiente, o MPF entrou com uma ação judicial, que tramita na 9a Vara Federal em Belém, pedindo indenizações de R$ 71 milhões. No caso dos danos aos moradores, as indenizações podem ser resolvidas em acordo. Esse é o tema da audiência pública, que vai ocorrer na sede da igreja Assembleia de Deus, em Barcarena.
Serviço
Audiência pública sobre o naufrágio do Haidar
Local: Sede da igreja Assembleia de Deus, Rua Lourenço Gomes, Quadra 274, Lote 18, Vila dos Cabanos, município de Barcarena/PA
Data: 26 de julho de 2016
Horário: A partir de 9h
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