quarta-feira, julho 06, 2016

Diego Mota, por que você quer ser vereador?

            A partir desta edição, até chegarem as eleições, o Jornal do Comércio abre espaço para os pré-candidatos majoritários e proporcionais de Itaituba, para que eles possam expor suas propostas e ideias, contribuindo para que o eleitor possa conhecer os que propõem serem seus representantes. Abre essa seção, o jornalista Diego Mota, que foi candidato na eleição de 2012, tendo obtido boa votação.
JC - Por que você quer ser vereador?
Diego - Vejo que a população é carente de pessoas comprometidas com os mais necessitados; de políticos que respeitem o próximo e que saibam dar valor à confiança dos mais humildes. Compreendo que a política deve ser tratada de maneira séria e que valores como a moral e a ética não podem ser desprezados por interesses escusos e pessoais.
Meu interesse ao ingressar na carreira política, como postulante a uma cadeira de vereador, é contribuir para a melhoria da cidade que escolhi para morar, município este que me acolheu de braços abertos e me deu oportunidade de construir uma família, uma carreira e um nome de respeito. Tenho um histórico em defesa de nossa cidade, seja como profissional, militante de entidades ou como cidadão, e quero uma Itaituba melhor para todos nós. Vejo a política como um instrumento de conquistas para o nosso povo. Por esse motivo estou colocando meu nome novamente à disposição do eleitorado Itaitubense.  
JC - Como você avalia sua primeira experiência como candidato a vereador?
Diego - Marinheiros de primeira viagem tropeçam em muitas questões e no meu caso não foi diferente.  Houve falhas de estratégia, planejamento e organização. A equipe era reduzida e os recursos escassos. Porém, fizemos uma campanha humilde e pé no chão, e mesmo assim alcançamos 510 votos.
            Fomos historicamente o candidato da imprensa que mais votos recebeu e ficamos suplente da coligação PMN-PT. Nossa votação surpreendeu a muitos que duvidavam de nossa capacidade. A derrota é uma das grandes lições de um vencedor. Perder, nos torna mais forte e capaz de reinventar a história de uma maneira mais criativa e promissora; essa é nossa missão nesta nova jornada.      
JC - Onde você considera que falhou na campanha de 2012, que poderia ter impedido de se eleger?
Diego - A disputa eleitoral de Itaituba é bem antecipada, no nosso caso, começamos tarde a divulgação de nossa pretensão e isso nos prejudicou em 2012. Também não tínhamos muita experiência nas costuras políticas que antecedem a campanha, como o diálogo com os majoritários e a matemática acerca das coligações. Considero que nossa campanha anterior foi bem amadora do ponto de vista organizacional. Aproveitamos bem o marketing pessoal, mas faltou estrutura, apoio e corpo ao nosso projeto. Além disso, uma grande falha da nossa eleição anterior foi ter andado pouco, desta vez, queremos estar mais disponíveis para ir aos quatro cantos da cidade e divulgar nosso projeto direto ao eleitor.
JC - Faltou dinheiro na campanha de quatro anos atrás?    
Diego - Se comparado a muitos outros candidatos, sim. Teve candidato a vereador, na eleição passada, que gastou bem mais do que nós. Minha campanha foi humilde e feita “no bico do lápis”. O recurso para a campanha é um dos principais desafios para o candidato, pois as demandas são muitos grandes e não se conquistam aliados e eleitores apenas com ideologia;
infelizmente esta é uma realidade visível em Itaituba. Mesmo assim, tivemos recurso suficiente para tocar uma campanha modesta. Vejo hoje que o grande problema não é a quantidade do recurso, mas, a forma como ele é investido. Às vezes o candidato deposita sua esperança em prioridades erradas e os resultados são desastrosos.
JC - Desde que terminou a campanha passada, em vez de baixar a cabeça, você procurou manter um canal de comunicação com quem o apoiou?
Diego - Esse foi um dos fatores positivos que impulsionaram nosso nome nesta campanha. É obvio que uma derrota política é dolorosa para o candidato em vários aspectos. Entretanto, não deixamos que o fracasso pairasse sobre nossas cabeças. Pelo contrário, a boa votação recebida nas urnas nos fortaleceu.
            Reelegemo-nos presidente da associação dos profissionais de imprensa, realizando um trabalho sério e transparente que garantiu o apoio e a confiança dos colegas da comunicação. Como vice-presidente do fórum das entidades defendemos causas importantes de interesse da coletividade como a pavimentação do perímetro urbano da rodovia transamazônica, entre outros. Participamos de diversos órgãos de deliberação social e representativo de classe. Ampliamos nossa atuação em diversos seguimentos e fortalecemos os laços com nossos principais apoiadores.
            O trabalho na mídia nos permitiu expor nossas angústias e preocupações referentes ao município e ter um relacionamento diário com a nossa população. Utilizamos os meios tecnológicos para ampliar nossa rede de contatos e divulgação de nosso trabalho. Neste quesito, acho que realizamos um excelente trabalho e os frutos desta ação estão sendo colhidos agora.  
JC - O pré-candidato Diego Mota ampliou sua base de apoio?
Diego - Sem duvida. Nosso desempenho como profissional de imprensa e militante dos movimentos sociais nos proporcionou um contato amplo com novas esferas da sociedade, potencializando nossa rede de relacionamento. Nosso grupo de aliados foi ampliado e hoje contamos com um número maior de líderes que aderiram ao nosso projeto político e confiam na nossa capacidade para representá-los com dignidade, seriedade e competência. 
            Destaco entres estes, meu amigo Maranhão Solidariedade, personagem que considero decisivo nesta campanha e de onde espero uma grande quantidade de adesões pelo seu reconhecimento e prestígio junto à população carente de Itaituba, beneficiada pelo seu importante projeto social. Além dele, há em nosso time, presidentes de bairros, de associações, líderes religiosos e outros apoiadores influentes em nosso município.
JC - Você já está devidamente inteirado das mudanças advindas com a reforma política de 2015?
Diego - Perfeitamente. A reforma da lei eleitoral trouxe novas regras para o pleito deste ano e precisamos estar atentos. Considero um avanço a redução do período de campanha, dos materiais publicitários que necessitavam de um maior investimento, do prazo de filiação partidária, entre outros. Existem ainda algumas questões que geram duvidas, mas, nós, pré-candidatos, teremos que ser atenciosos aos prazos apertados, às mudanças no limite de gastos e na prestação de contas. Candidato que não tiver auxílio de um contador e um advogado poderá ser prejudicado. Participei recentemente de um seminário sobre regras eleitorais e percebi a seriedade destas questões. Um dos juristas mais respeitados da área no país revelou que esta deverá ser a campanha mais judicializada da história. Estou estudando sempre a legislação e pretendo respeitar tudo aquilo que a Justiça Eleitoral determina, para evitar transtornos futuros.
JC - Que pontos considera que tornaram a campanha mais fácil, e o que você acha que complicam, ou podem complicar a vida do candidato?
Diego – Ficou melhor a redução do período de campanha que foi reduzido para somente 45 dias, a autorização da pré-campanha que libera muitas ações antes proibidas, a redução de gastos com material gráfico também foi positiva.
            Ficou mais difícil para quem está iniciando agora por causa do tempo reduzido de trabalho. Vai ficar complicado para o candidato administrar o tempo de campanha, pois antes de ir as ruas é preciso tirar CNPJ e realizar outros processos burocráticos.
            A prestação de contas, que agora será praticamente simultânea, também vai tomar muito tempo. Candidato que não quiser ficar pra trás tem se apressar, se organizar antecipadamente para evitar surpresas e não correr o risco de ganhar e não levar. Outra coisa: como não teremos mais horário de TV, será preciso gastar sola de sapato para conquistar o eleitor.      
JC - Tem candidato que promete fazer isso e aquilo, como se fosse candidato a prefeito, ao passo que seu papel principal, sendo eleito, deveria ser de fiscalizar o poder executivo. Se eleito for, como você pretende se comportar quanto a isso?    
Diego - Vejo isso como um método frequente adotado pelos candidatos. É por isso que muitos eleitores ficam frustrados, quando percebem que o político em quem votou não cumpriu aquilo que prometeu. Nas minhas conversas com a população sou realista e verdadeiro. Defendo que a principal missão de um legislador é legislar, ou seja, vigiar as leis do município e sugerir propostas para melhoria da qualidade de vida da população.
            Minha postura, se eleito, será simples: ser a favor do que é certo e contra o que é errado. Não é minha intenção ser advogado do governo e nem um metralhador oportunista. Quero utilizar o diálogo como mecanismo de ação, usar nossa experiência e prestigio para lembrar os esquecidos. Por onde passei sempre deixei uma marca positiva e quero continuam da mesma forma também na política, fazendo compromisso e não simplesmente promessa. 
JC - Você foi candidato no grupo de Valmir Climaco em 2012. Nos últimos meses esteve ao lado da prefeita Eliene Nunes e recebeu convite para fazer parte do grupo do pré-candidato Ivan D'Almeida, mas terminou voltando para o grupo de Valmir. Isso não pode ter lhe causado desgaste junto aos eleitores?
Diego - Tenho explicado estas questões aos meus colaboradores e simpatizantes. Quem me conhece sabe que sou muito profissional e não misturo as coisas. Trabalho de acordo com meus princípios e conceitos. Em 2012, estava no PMN, a convite do Dr. Benigno Reges e nossa coligação apoiou o ex-prefeito Valmir Climaco. Só me desvinculei do PMN em setembro de 2015, quando assinei minha adesão ao DEM.
Neste mesmo período aceitei convite da atual prefeita para assumir a direção do programa CREDCIDADAO, que é de responsabilidade do governo do estado e gerenciado pelo município. Fiquei apenas seis meses à frente do órgão e acredito ter prestado um serviço a contento, apesar da estrutura reduzida.  Vale ressaltar que não assinei ficha de adesão em qualquer partido aliado à gestão atual. Portanto, encarei meu trabalho junto ao governo municipal como uma prestação de serviço, uma relação de trabalho e uma tentativa de aproximação.
Em abril deste ano, entreguei minha solicitação de demissão, atendendo exigência da justiça eleitoral, que obriga a desincompatibilização do serviço público para quem deseja participar do processo eleitoral. No desligamento, agradeci a oportunidade de poder mostrar nosso potencial e saí do governo sem mágoas ou rancores.
É natural que nesta época decisiva, cada pré-candidato busque as melhores condições de fazer o seu trabalho na eleição. Realmente, recebi uma ótima proposta do grupo do pré-candidato Ivan D Almeida, mas após decisão amadurecida e racional junto ao nosso grupo político, resolvemos aceitar convite do deputado federal Chapadinha para assumir a direção local do PTN e consequente aliarmo-nos ao grupo do PMDB novamente.
Ao contrario do que tentam propalar, nunca fiz leilão de meu apoio, nunca negociei nosso grupo. Nossa adesão ao PTN é fruto de uma decisão coletiva com nossos principais colaboradores e fortalece nossa estratégia para chegar a uma das cadeiras do poder legislativo. Tenho certeza de que quem compreende o processo político reconhece que este é o percurso natural, e quem conhece nossa índole e nossa historia jamais irá duvidar de nossas razões.
JC - Sua mensagem final 
Diego -  Minha mensagem vai para todos os leitores deste conceituado jornal. Aqueles que, assim como eu, amam Itaituba e torcem pelo bem desta cidade. Peço que cada um avalie bem os candidatos desta eleição; que estejam atentos ao seu passado, seu currículo de serviços e suas propostas. Nossa cidade vive um momento de transformação e precisa de representantes comprometidos e capacitados para enfrentar os desafios.

Sinto-me preparado para representar bem nossa população e acredito que não vamos decepcionar. Aproveito para dizer que se eleito for, comprometo-me a fazer um trabalho sério e responsável na política, mantendo o mesmo perfil que sempre tivemos na nossa carreira profissional. Agradeço a todos que estão aderindo ao nosso projeto e vamos à luta com muita humildade, coragem, determinação e fé no Criador.

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