Estudantes da Universidade Federal do Oeste do Pará
(Ufopa) se preparam para implantar, de forma pioneira na região do Oeste
paraense, uma rede de monitoramento ambiental à distância na Floresta Nacional
(Flona) do Tapajós, município de Santarém. A rede permitirá a aquisição remota,
e em tempo real, de dados atmosféricos e ambientais, como temperatura, umidade
relativa do ar, pressão atmosférica e luminosidade.
Funcionando de forma autônoma e alimentado através
de energia solar, o protótipo desenvolvido na Ufopa é composto por
microestações meteorológicas (nós sensores) que, espalhadas geograficamente,
monitoram e enviam os dados para um coordenador central, que carrega essas
informações automaticamente para a Internet, reunindo-as em um banco de dados.
Assim, o pesquisador poderá receber os dados no próprio e-mail ou acompanhar
sua atualização em uma página na Web.
Segundo o professor Júlio Tota, coordenador do
projeto, a região Oeste do Pará conta com pouquíssimas estações de
monitoramento de clima e ambiente. É como esclarece o seu orientando de
iniciação científica, Giorgio Arlan Picanço, concluinte do Bacharelado em
Geofísica da Ufopa: "Temos algumas torres meteorológicas para obtenção de
dados atmosféricos, mas, até então, são utilizados aparelhos que armazenam os
dados em mídia física. É necessário o deslocamento do pesquisador até o local
do equipamento, o que dificulta a coleta de dados".
Diferentemente das torres já existentes na região,
o sistema elaborado na Ufopa é baseado no conceito das redes de sensores sem
fio – protocolo que vêm sendo amplamente utilizado para monitoramento
ambiental no mundo. Essa tecnologia facilita o monitoramento de áreas
amplas e remotas, pois não requer grandes estruturas físicas de
comunicação e energia, como cabos e torres.
Assessoria de Comunicação da UFOPA
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