Ontem eu saí de casa com a certeza
que comentaria mais um grande jogo pela 10ª Copa Ouro de futsal, e foi isso que
aconteceu no confronto entre Climafrio e Trovão Azul.
Até o momento em que os árbitros
deram a partida por encerrada, houve muita emoção proporcionada pelas duas
equipes que somavam cinco títulos em quadra.
Foi disso que eu falei e foi para
isso que fui para o ginásio.
A arbitragem teve muito trabalho
para segurar o jogo no primeiro tempo, porque os jogadores estavam com os
nervos à flor da pele. Mas, na segunda etapa o número e faltas e de jogadas
mais pegadas diminuiu e o jogo fluiu muito melhor.
O resultado final foi 3x3, que serviu
para a Climafrio, que jogava com a vantagem do empate, ficando com a vaga.
Foi justa a classificação do Urso Branco,
como seria justo se o Trovão tivesse passado de fase, depois da boa apresentação
de ontem.
Mal o jogo foi encerrado, começou o
segundo ato do espetáculo, com uma diferença brutal no enredo entre um e outro
ato.
Se no primeiro ato o roteiro foi
seguido quase à risca pelos atores, no segundo, entraram em cena vários
canastrões que apresentaram um dramalhão digno dos piores autores do gênero.
Aquelas pessoas que se envolveram na
balbúrdia que foi protagonizada por elas, jogaram lama no belo quadro que os
atletas pintaram nos quarenta minutos jogados.
Por ironia do destino havia alguns
visitantes, dentre os quais um deputado estadual do Sul do Pará, que foi
convidado para prestigiar a rodada de ontem, acompanhado de alguns empresários
de Itaituba.
Com certeza, ele deve ter gostado
muito do jogo, mas, não levou uma boa impressão do nosso comportamento, depois
das três confusões que começaram antes de meia-noite e meia e terminaram quase
uma da manhã.
Quando o narrador Darlan Patrick
chamou os dois comentaristas da Rádio Tapajoara, no caso, eu e o colega Weliton
Lima, fui o primeiro a tentar dizer alguma coisa sobre o jogo.
Bem que eu tentei falar da partida
decisiva, mas pouco disse, pois foi tanta confusão, uma seguida da outra, que a
gente não conseguia se concentrar no foco no nosso trabalho.
Eu desisti, e terminei falando em
99% do tempo sobre a esculhambação geral que tomou conta do ginásio. E quando
passei o microfone para o Weliton, ele também só conseguiu falar a respeito do
mau exemplo dado por quem começou e por quem deu continuidade ao espetáculo que
somente as torcidas organizadas mais violentas conseguem fazer.
Esta semana vamos ter as duas
semifinais, e eu espero, sinceramente, ter oportunidade de comentar apenas os acontecimentos
relacionados com o quadrilátero que delimita a área de jogo do ginásio. Nada
mais do que isso.
Espero que as pessoas que causaram
toda aquela monumental confusão, tenham um mínimo de humildade para fazerem um
exame de consciência no qual possam admitir a culpa que tiveram, e que se
proponham a não repetir os erros grotescos que mancharam a rodada de sábado
passado, e que poderiam ter comprometido a história desse importante evento que
é a Copa Ouro.
Aquilo tudo foi uma grande vergonha
para todos nós.
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