domingo, maio 29, 2016

A confusão geral que esculhambou a rodada da Copa Ouro

            Ontem eu saí de casa com a certeza que comentaria mais um grande jogo pela 10ª Copa Ouro de futsal, e foi isso que aconteceu no confronto entre Climafrio e Trovão Azul.
            Até o momento em que os árbitros deram a partida por encerrada, houve muita emoção proporcionada pelas duas equipes que somavam cinco títulos em quadra.
            Foi disso que eu falei e foi para isso que fui para o ginásio.
            A arbitragem teve muito trabalho para segurar o jogo no primeiro tempo, porque os jogadores estavam com os nervos à flor da pele. Mas, na segunda etapa o número e faltas e de jogadas mais pegadas diminuiu e o jogo fluiu muito melhor.
            O resultado final foi 3x3, que serviu para a Climafrio, que jogava com a vantagem do empate, ficando com a vaga.
Foi justa a classificação do Urso Branco, como seria justo se o Trovão tivesse passado de fase, depois da boa apresentação de ontem.
            Mal o jogo foi encerrado, começou o segundo ato do espetáculo, com uma diferença brutal no enredo entre um e outro ato.
            Se no primeiro ato o roteiro foi seguido quase à risca pelos atores, no segundo, entraram em cena vários canastrões que apresentaram um dramalhão digno dos piores autores do gênero.
            Aquelas pessoas que se envolveram na balbúrdia que foi protagonizada por elas, jogaram lama no belo quadro que os atletas pintaram nos quarenta minutos jogados.
            Por ironia do destino havia alguns visitantes, dentre os quais um deputado estadual do Sul do Pará, que foi convidado para prestigiar a rodada de ontem, acompanhado de alguns empresários de Itaituba.
            Com certeza, ele deve ter gostado muito do jogo, mas, não levou uma boa impressão do nosso comportamento, depois das três confusões que começaram antes de meia-noite e meia e terminaram quase uma da manhã.
            Quando o narrador Darlan Patrick chamou os dois comentaristas da Rádio Tapajoara, no caso, eu e o colega Weliton Lima, fui o primeiro a tentar dizer alguma coisa sobre o jogo.
            Bem que eu tentei falar da partida decisiva, mas pouco disse, pois foi tanta confusão, uma seguida da outra, que a gente não conseguia se concentrar no foco no nosso trabalho.
            Eu desisti, e terminei falando em 99% do tempo sobre a esculhambação geral que tomou conta do ginásio. E quando passei o microfone para o Weliton, ele também só conseguiu falar a respeito do mau exemplo dado por quem começou e por quem deu continuidade ao espetáculo que somente as torcidas organizadas mais violentas conseguem fazer.
            Esta semana vamos ter as duas semifinais, e eu espero, sinceramente, ter oportunidade de comentar apenas os acontecimentos relacionados com o quadrilátero que delimita a área de jogo do ginásio. Nada mais do que isso.
            Espero que as pessoas que causaram toda aquela monumental confusão, tenham um mínimo de humildade para fazerem um exame de consciência no qual possam admitir a culpa que tiveram, e que se proponham a não repetir os erros grotescos que mancharam a rodada de sábado passado, e que poderiam ter comprometido a história desse importante evento que é a Copa Ouro.
            Aquilo tudo foi uma grande vergonha para todos nós.


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