quinta-feira, abril 21, 2016

Conversa com reitora da UFOPA não foi animadora

Sete anos após sua criação, a Universidade Federal do Oeste do Pará ainda não conseguiu cumprir a sua principal função social, que é garantir o ensino superior de qualidade no interior do estado.
O programa de interiorização da universidade com a implantação de campus em municípios polos ainda não saiu do papel, e assim, nada mudou com a criação da UFOPA para a comunidade estudantil da região, pois  quem quiser fazer um curso superior que não seja de licenciatura, terá que estudar em outra cidade.
Portanto, continua a mesma situação que acontecia há dez, vinte anos atrás, quando a UFPA determinava os cursos  que seriam ofertados no interior do estado, e os municípios ainda tinham que pagar para ter esses cursos.
Com UFOPA, imaginava-se que finalmente a classe estudantil itaitubense e região teria a opção de novos cursos, mas a mensagem dada pela reitora nessa audiência desta terça-feira(19) foi desanimadora, e quem não tem vocação para professor, vai ter que esperar a construção do campus de Itaituba, para fazer um curso de bacharelado, por exemplo. Entretanto, a construção do prédio da UFOPA ainda não tem data para começar e provavelmente uma nova licitação terá que ser feita.
Outra questão que precisa ser vista com atenção pelas autoridades educacionais de Itaituba, é que o campus de Itaituba, quando estiver funcionando, não deverá ter cursos que sejam concorrentes com os do Campus Santarém. Se essa realmente for uma política da reitoria da UFOPA, as opções de ofertas de cursos mais atraentes para a classe estudantil desta região ficarão bem limitadas, e mais: as sugestões de cursos feitas nessa audiência publica não tem nenhuma garantia de que serão consideradas. Dessa forma a UFOPA deixa de ser a universidade do Oeste do Pará para ser, simplesmente, Universidade de Santarém.
Jornalista Weliton Lima, comentário veiculado no Focalizando desta quinta, 21 de abril

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