Sete anos após sua criação, a
Universidade Federal do Oeste do Pará ainda não conseguiu cumprir a sua
principal função social, que é garantir o ensino superior de qualidade no interior
do estado.
O programa de interiorização da
universidade com a implantação de campus em municípios polos ainda não saiu do
papel, e assim, nada mudou com a criação da UFOPA para a comunidade estudantil
da região, pois quem quiser fazer um curso superior que não seja de
licenciatura, terá que estudar em outra cidade.
Portanto, continua a mesma situação
que acontecia há dez, vinte anos atrás, quando a UFPA determinava os
cursos que seriam ofertados no interior do estado, e os municípios
ainda tinham que pagar para ter esses cursos.
Com UFOPA, imaginava-se que
finalmente a classe estudantil itaitubense e região teria a opção de novos
cursos, mas a mensagem dada pela reitora nessa audiência desta terça-feira(19)
foi desanimadora, e quem não tem vocação para professor, vai ter que esperar a
construção do campus de Itaituba, para fazer um curso de bacharelado, por
exemplo. Entretanto, a construção do prédio da UFOPA ainda não tem data para
começar e provavelmente uma nova licitação terá que ser feita.
Outra questão que precisa ser vista
com atenção pelas autoridades educacionais de Itaituba, é que o campus de
Itaituba, quando estiver funcionando, não deverá ter cursos que sejam
concorrentes com os do Campus Santarém. Se essa realmente for uma política da
reitoria da UFOPA, as opções de ofertas de cursos mais atraentes para a classe
estudantil desta região ficarão bem limitadas, e mais: as sugestões de cursos
feitas nessa audiência publica não tem nenhuma garantia de que serão
consideradas. Dessa forma a UFOPA deixa de ser a universidade do Oeste do Pará
para ser, simplesmente, Universidade de Santarém.
Jornalista Weliton Lima,
comentário veiculado no Focalizando desta quinta, 21 de abril
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