sexta-feira, abril 15, 2016

A mercantilização da política

Por causa dessa batalha feroz que está sendo travada em Brasília entre quem é pró e quem é contra o impeachment da presidente Dilma,  as eleições municipais ficaram em segundo plano no noticiário da mídia, mas é bom lembrar que hoje vence mais um prazo importante para as eleições de outubro: os partidos, obrigatoriamente, terão que enviar para a justiça eleitoral a lista de seus filiados, e quem tem pretensão de disputar a eleição deve ficar atento para saber se está tudo em ordem com a sua filiação, pois a essa altura dos acontecimentos já está mais que provado que não dá para confiar em ninguém quando se trata de política partidária.
Esse, aliás, é um péssimo legado que os atuais políticos estão deixando para as gerações futuras; talvez seja por isso que há poucos jovens interessados em entrar para o meio político, e a política deve ser iniciada pela juventude para que novas lideranças possam surgir, mas essa imagem negativa da classe, passada para opinião pública, desestimula os jovens a iniciar uma carreira política.
Outro empecilho para isso é a mercantilização da política; as campanhas eleitorais ficaram muito caras, e nesse oportunismo, alguns pré-candidatos se superestimam.
Há pretensos candidatos a vereador que já estiveram de todos os lados, num verdadeiro quem dá mais, e esse comportamento é ainda mais preocupante quando parte de alguém que se apresenta como uma novidade para as próximas eleições... É por essa e por outras que a imagem dos políticos está em baixa no conceito da sociedade.

Weliton Lima, jornalista. Artigo veicula no Focalizando de quinta, 14.04.2016

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