A
campanha de Cruz esperava anunciar, ainda na noite de ontem, o apoio de até
quatro senadores. Até então, nenhum dos colegas do texano sustentava sua
candidatura, mostrando o quão rejeitado ele era. Em seus discursos de vitória,
Cruz sempre faz questão de provocar a cúpula republicana e dizer que quem
decide o candidato é o povo “e não a burocracia de Washington”.
Mas,
diante do fracasso de Marco Rubio — o senador da Flórida venceu apenas nas
primárias de Porto Rico e teve desempenho muito pior que o estimado —, Cruz
surgiu como candidato ainda com viabilidade para tirar a liderança de Trump. Ao
vencer em Kansas e no Maine, o texano já acumula vitórias em seis estados e
soma 300 delegados para a convenção de julho.
Se
for nomeado, Cruz terá dificuldades para conquistar o voto dos moderados e
independentes em novembro. Ele listou nove prioridades em sua campanha, entre
elas: “restaurar a Constituição (e permitir o uso da palavra “Deus” em escolas
e textos de lei, além de acabar com o Obamacare, o programa de saúde pública do
governo federal), “proteger a Segunda Emenda” (ou seja, o direito a compra e ao
porte de arma para todos os americanos), “tratar da segurança das fronteiras
como segurança nacional” (impedindo qualquer iniciativa para legalizar os
imigrantes sem papéis e ainda reduzir os espaços para a imigração legal),
“Vida, casamento e família” (é totalmente contrário a qualquer forma de família
que não seja um casamento entre homem e mulher), “Trabalho e oportunidade”
(quer reformar todo o sistema fiscal dos EUA, criando novas reduções de taxas)
e “controlar Washington” (propondo uma profunda redução do tamanho do Estado).
O Globo
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