sábado, março 19, 2016

Troca-troca partidário atinge 13% da Câmara

BRASÍLIA - Na reta final da janela do troca-troca partidário, 68 deputados formalizaram à Câmara mudança de legenda, movimentação que atingiu 13% da Casa. O número elevado de políticos investigados na Lava-jato não inibiu a ida de deputados para o PP, campeão de adesões, com 10 filiações e duas saídas. O PR, também da base, conseguiu 10 filiações, mas perdeu quatro deputados.

O PP ganhou três deputados novos em São Paulo, entre eles o ex-presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar, que deixa o PSD, e perdeu Jair Bolsonaro (RJ), que se filiou ao PSC onde tem garantida legenda para concorrer à Presidência da República em 2018. O PR atraiu o deputado Édio Lopes (RR), que deixou o PMDB e já foi escalado pela nova legenda para compor a comissão especial do impeachment. Na oposição, o DEM foi o que mais avançou, com seis novas filiações. O PSDB perdeu quatro deputados. O PMDB também perdeu quatro deputados, mas filiou três.

Chama atenção também o desempenho do nanico PTN, com 9 adesões e duas perdas. O partido elegeu apenas quatro deputados e hoje está com uma bancada de 13. O partido que mais perdeu foi o Partido da Mulher Brasileira (PMB), com 17 desfiliações. A legenda criada em outubro do ano passado, serviu como "trampolim" para deputados que queriam mudar de partido, sem perder o mandato. O PMB chegou a ter 22 deputados e hoje está com apenas dois.


No balanço, pelo menos numericamente, não houve alterações significativas nas bancadas governistas e de oposição. A maioria das trocas é motivada por interesses regionais dos deputados. Muitos partidos oferecem o comando dos diretórios regionais nos estados, o que facilita a migração. Com o comando do diretório, o deputado controla o fundo partidário estadual e tem acesso também ao tempo de TV. (Correio Braziliense)

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