O sistema político brasileiro é uma verdadeira
bagunça, e quanto mais muda, pior fica. A fidelidade partidária parecia ser um
ponto fora da curva nessa confusão toda de mudanças de siglas, mas logo criaram
essa famigerada janela, e o troca-troca de partidos continua sem obedecer a
nenhuma lógica ética ou ideológica.
As mudanças são motivadas somente pelo desejo
de manutenção do mandato, o que reforça a tese de que as filiações partidárias
não passam de uma mera formalidade da lei.
Os políticos, atualmente, não possuem nenhuma
afinidade com os seus partidos; a
maioria não conhece, sequer, o estatuto do partido ao qual está filiado. E as
mudanças não se restringem apenas à troca de partidos; os políticos,
especialmente os detentores de mandato parlamentar também mudam suas convicções
de acordo com os seus próprios interesses, e como o eleitor não manifesta
nenhuma reação, essa bagunça vai continuar.
O eleitor, aliás, até contribui para a
infidelidade partidária. De acordo com o artigo de um professor da universidade
da Virginia nos Estados Unidos e publicado na revista veja, a sabedoria das
urnas é um mito, pois na média o eleitorado desconhece os aspectos básicos da
administração pública e articula mal as poucas informações que possui sobre os partidos
e, os candidatos se aproveitam dessa ignorância para consolidar projetos e
interesses pessoais, e essa movimentação dos vereadores na Câmara Municipal
expõe de forma muito clara essa promiscuidade existente na política brasileira.
Jornalista Weliton Lima, comentário veiculado
no telejornal Focalizando, quinta-feira, 24/03
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