sexta-feira, março 25, 2016

A janela da bagunça

O sistema político brasileiro é uma verdadeira bagunça, e quanto mais muda, pior fica. A fidelidade partidária parecia ser um ponto fora da curva nessa confusão toda de mudanças de siglas, mas logo criaram essa famigerada janela, e o troca-troca de partidos continua sem obedecer a nenhuma lógica ética ou ideológica.
As mudanças são motivadas somente pelo desejo de manutenção do mandato, o que reforça a tese de que as filiações partidárias não passam de uma mera formalidade da lei.
Os políticos, atualmente, não possuem nenhuma afinidade com os seus  partidos; a maioria não conhece, sequer, o estatuto do partido ao qual está filiado. E as mudanças não se restringem apenas à troca de partidos; os políticos, especialmente os detentores de mandato parlamentar também mudam suas convicções de acordo com os seus próprios interesses, e como o eleitor não manifesta nenhuma reação, essa bagunça vai continuar.
O eleitor, aliás, até contribui para a infidelidade partidária. De acordo com o artigo de um professor da universidade da Virginia nos Estados Unidos e publicado na revista veja, a sabedoria das urnas é um mito, pois na média o eleitorado desconhece os aspectos básicos da administração pública e articula mal as poucas informações que possui sobre os partidos e, os candidatos se aproveitam dessa ignorância para consolidar projetos e interesses pessoais, e essa movimentação dos vereadores na Câmara Municipal expõe de forma muito clara essa promiscuidade existente na política brasileira.  

Jornalista Weliton Lima, comentário veiculado no telejornal Focalizando, quinta-feira, 24/03

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