Na época, a suspeita era que a paciente tivesse morrido devido à dengue, mas os exames não foram conclusivos. O laudo que confirmou a infecção por zika foi feito pelo Instituto Evandro Chagas.
O
primeiro paciente foi um homem do Maranhão, que apresentava lúpus - doença que
pode se complicar de forma expressiva quando o organismo é infectado por
bactérias ou por vírus, como o zika. A morte foi confirmada em novembro pelo
Instituto Evandro Chagas.
O segundo
caso é de outra jovem de 16 anos, que teve como primeiros sintomas dor de
cabeça, náuseas e pontos vermelhos pelo corpo e morreu em outubro. Ela morava
no município de Benevides, no Pará.
As mortes
por zika no Brasil são as primeiras registradas no mundo. A velocidade com que
o vírus se propaga e a associação com casos de microcefalia fizeram a
Organização Mundial de Saúde (OMS) considerar a epidemia explosiva.
Especialistas dizem que há motivo para preocupação, mas não para pânico.
O zika
tem se mostrado muito menos letal que a dengue, que mata entre 25 mil e 50 mil
pessoas por ano no mundo. Pois, a infecção por zika é assintomática ou branda
na maioria dos casos. Porém, a doença já está instalada no Brasil e para
combatê-la é essencial erradicar o mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Para
isso, é fundamental que a população colabore.
PRESENÇA
ATIVA DO VÍRUS ZIKA EM SALIVA E URINA
A
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou, na última sexta-feira, que detectou a
presença ativa do vírus zika com potencial de infecção em saliva e urina. No
entanto, ainda não há comprovação de transmissão por estas vias.
A
recomendação, principalmente no caso de gestantes, é que evitem contato físico,
como beijo na boca em pessoas com suspeita de infecção. O compartilhamento de
copos e talheres deve ser evitado, assim como grandes aglomerações. O uso de
máscaras ainda não é necessário.
Já se
sabia que o zika poderia estar presente tanto na saliva quanto na urina, mas é
a primeira vez que sua presença ativa, com potencial de provocar a infecção,
foi comprovada. Pesquisas ainda devem ser realizadas para se esclarecer se esta
pode ser uma outra forma de transmissão, segundo o presidente da fundação,
Paulo Gadelha.
Fonte: O
Globo
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