terça-feira, janeiro 05, 2016

Audiência pública da Caramuru não foi satisfatória e prefeitura de Itaituba precisa se impor para o município não ficar somente com os buracos nas ruas

Os dois únicos vereadores presentes à audiência pública realizada pela empresa Caramuru, no final do ano, foram Peninha (PMDB) e Iamax Prado (PMN).

Juntamente com eles, esteve o secretário de Meio Ambiente, engenheiro Hilário Vasconcelos.

Na avaliação de Peninha, a audiência pública foi mais ou menos para cumprir as exigências legais, pois a empresa se comprometeu com muito pouco junto à comunidade do km 28, tendo assumido o compromisso de bancar a regularização dos terrenos dos moradores, junto à Indussolo e a recuperar as ruas da vila, o que é pouco, muito pouco.

Como as ruas são poucas, essa parte foi facílima de resolver, pois já foram mandadas algumas máquinas para o local, que fizeram o trabalho com rapidez.

Ademais, Peninha considera que a Caramuru deixou de responder a muitas perguntas a respeito do trajeto que suas carretas farão até chegar ao porto que será construído.

O representante da empresa deu respostas que deixaram muitas dúvidas a respeito desse questionamento.

Foi dito que chegarão, diariamente, assim que o porto ficar pronto, quatorze carretas carregadas com farelo de soja, vindas de Sorriso, no estado de Mato Grosso.

Ao chegarem a Miritituba, segundo o representante da empresa, as carretas embarcarão em uma balsa para serem transportadas até um dos dos portos que fica na margem esquerda do Rio Tapajós, na estrada do 53º BIS.

Só que o vereador manteve contato com duas das maiores empresas que tem portos ali, a Reicon e a Bertolini, e nenhuma negociação aconteceu com elas até agora.

A outra questão crucial é: por onde essas quatorze carretas passarão para o km 28 e retornarão?

Seria por dentro do Campo Belo?

O vereador conversou com a direção do loteamento, que descartou qualquer possibilidade disso vir a acontecer.

Aventa-se a possibilidade de elas virem por dentro da cidade, passando pela rotatória da Transamazônica com a Avenida Marechal Rondon, ou pela Rua das Flores, trajeto mais provável.

A verdade é que a Caramuru precisa responder a essas perguntas, mesmo tempo em que a administração municipal de Itaituba precisa impor sua autoridade para exigir algum tipo de contrapartida desse empreendimento, que por enquanto não sinaliza com nenhum retorno prático para o município.

Até agora, pelo que está colocado, novamente Itaituba vai ser apenas rota de embarque desse farelo de soja que já virá pronto de Sorriso, para embarcar no porto do km 28 rumo a Noruega.

Por aqui, caso o governo do município não saia de sua comoda posição de expectador, ficarão os buracos que serão produzidos pelas carretas que circularão diariamente por uma das vias, no caso, um trecho da Estrado do BIS, muito provavelmente pela Rua das Flores e mais adiante do trecho urbano da Transamazônica, da 4ª Rua da Floresta até o km 7.

É hora do governo agir pra valer para que Itaituba não fique apenas com a conta a pagar.

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