sexta-feira, janeiro 22, 2016

A concessão da BR 163

A privatização do trecho da BR-163 que vai de Miritituba ate a cidade de SINOP no estado do Mato Grosso é mais um empreendimento que vem na esteira dos investimentos feitos pelas empresas de logística de transporte que estão se instalando em Miritituba.
Quando estiver sob a administração privada, a Santarém-Cuiabá passará a contar com serviços de socorro médico e mecânico, remoção de veículo, fiscalização de tráfego e maior segurança, além dos investimentos na melhoria da estrada.
Tudo isso consta no edital de concessão, e a população sabe que uma rodovia em boas condições evita acidentes e reduz o custo de manutenção dos veículos, por isso, todo mundo torce para que esse projeto seja bem sucedido e aconteça o mais rápido possível. 
Mas nesse negócio existe o outro lado da moeda que precisa ser levado em conta: Primeiro, a BR-163 não será trafegada somente por carretas que transportam soja e milho e podem pagar altas tarifas de pedágio. Pessoas com menor poder aquisitivo também vão precisar transitar constantemente pela estrada.
Outra questão é: como cidade polo dessa região, Itaituba, vai concentrar a maior parte dos impactos negativos que inevitavelmente surgirão com o aumento do trafego nessa rodovia, há que se pensar que todos os investimentos não estejam voltados apenas para o lucro de capital; é preciso ter um olhar para o bem estar da população.
Essa audiência pública que trata desse processo de privatização da BR-163 foi mais uma oportunidade que os seguimentos organizados e as autoridades tiveram para cobrar as compensações sociais desse projeto, compensações que a construção dos terminais portuários, por exemplo, ainda não aconteceram para a população de Miritituba.
Jornalista Weliton Lima, comentário do Focalizando (TV Tapajoara-
Sbt), ontem, 21/01/2015


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