247 – Responsável pelo projeto de lei que institui o direito de resposta na imprensa, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) ironiza a reação dos barões da mídia, que têm falado em censura e restrições à liberdade.
"É desespero, o esperneio. Querem consagrar o direito em chantagear todo mundo. Quem proceder com ética não será atingido pela lei. Os tempos de ferir a honra e dignidade acabaram", disse ele, em entrevista a Henrique Beirangê, da revista Carta Capital.
Requião nega qualquer risco de censura. "O meio de comunicação que publicar uma matéria - que não pode ser censurada de jeito nenhum, pois a censura é uma estupidez - e der igual espaço para o acusado se defender, nunca será atingido. Mas hoje a imprensa acusa, julga, condena e não deixa a parte falar. Não se trata de ser verdade ou não ser verdade, o que é acusação tem que ter contraditório", afirma. "Na verdade estou garantido o direito ao contraditório, essência da democracia."
Ele espera que a imprensa, a partir de agora, adote condutas mais responsáveis e lembra um caso que marcou época, envolvendo a Globo e Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. "As empresas vão pensar muito no que estão fazendo. Já pensou o Jornal Nacional ser desmentido ao vivo? Lembra do Brizola? Precisou de 5 anos para ter aquele direito de resposta."
--------------------------------
Comentário do blog: O choro é livre, mas a vociferação dos barões da mídia brasileira não encontra respaldo em quem defende a verdadeira liberdade de expressão, aquela na qual você pode dizer tudo que quiser, desde que permite que quem é atingido por suas palavras, ou pelas notícias que veicula tenha o direito de dar suar versão.
O editorial das Organizações Globo, da Veja, da Folha e do Estadão tem por objetivo tentar convencer o cidadão brasileiro de que estão tentando implantar novamente a censura.
Isso não tem fundamento, não em sentido. Eles enxovalham a honra de quem contraria os seus interesses econômicos e polítocos, sem dó, nem piedade. Fazem de uma concessão pública, uma arma para alcançar os seus fins.
Não é censura coisa nenhuma. É um freio na irresponsabilidade de quem se acha o quarto poder, que não é.
Jota Parente
Jornalista desde 1971, tendo vivido e trabalhado em jornalismo nos duros tempos da ditadura militar, que muitos irresponsáveis vivem rogando que volte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário