Davi Menezes - Pres. CDL |
No distrito de
Miritituba, município de Itaituba, se fizeram presentes no último dia 13, às
18h no ginásio poliesportivo, para audiência pública provocada pelo deputado
estadual Eraldo Pimenta, onde foram apresenta as demandas dos populares,
vereadores e entidades de classes que se pronunciaram no sentido das mudanças
que estão ocorrendo no cotidiano da comunidade, como o alto fluxo de carretas e
pessoas que chegam diariamente ao distrito.
É certo que todos
receberam de bom grado a vinda dos portos que estão sendo implantados nesta
região, mas nada foi implementado daquilo que foi acordado em audiências
púbicas, como as mitigações e compensações sociais, que até o momento ficou
apenas no papel.
O que unicamente
está saindo do papel são as edificações do aglomerado de portos.
Algo que nos chamou
atenção foi à ausência da ATAP (Associação dos Terminais Privados do Rio
Tapajós) no evento, pois sabemos que em todas as reuniões que tem nesta região,
que muitas das vezes nem é de sua competência, a entidade se faz presente.
Nesta não compareceu, e assim traz instabilidade para populares e autoridades.
Foi até comentado
que ATAP estaria inadimplente com Miritituba.
Nas falas
apresentada, se cobrou da Prefeitura de Itaituba e da ATAP que refaça a revisão
da Agenda Mínima com os municípios, pois até o momento não se fez as obras
prometidas de infraestrutura, como por exemplo, a implantação da água em
Miritituba. Segundo populares, a empresa contratada não tem estrutura e nem
equipamento para tocar obra, pois depende dos comunitários emprestarem caixa
d’água, furadeira, entre outros equipamentos.
A Câmara de
Vereadores, Fórum de Entidades de Itaituba, CDL e populares querem que seja
revista a Agenda Mínima em uma discussão aberta, pois se observa que o acordado
não irá atender as transformações de nossa região.
Será necessário
incluir, também, nesta agenda a entrada de municípios como Novo Progresso,
Trairão, Itaituba, Rurópolis e Santarém – todos afetados diretamente, com o
altos índices de acidentes, prostituição, drogas e outras consequências.
O que for de
competência da União, Estado, Município e ATAP que seja feito em caráter de
urgência, porque vemos um grande problema social acontecendo em nossa região.
A Colônia dos
Pescadores se posicionou que já esta ficando impossibilitada de trabalhar em
sua atividade que sempre tiveram tolhido o direito de ir e vir nas águas claras
no nosso rio Tapajós, pois somente com dois portos funcionando, já esta difícil
fazer a sua pesca, imagina se com toda esta quantidade de barcaças trafegando
na calha do rio ou estacionada, realmente não terão condições de trabalhar.
Assim precisa ser discutido de imediato o que será feito para os ribeirinhos e
pescadores.
Também foi
apresentado que se não for feita a hidrovia desde a foz do Tapajós em Santarém
a Itaituba, toda a navegação de carga e passageiro ficará comprometida, pois
neste período de verão já se observou barcaças com dificuldades em fazer seu
percurso e assim impedindo a navegação comercial.
Nós, itaitubenses do
Vale do Tapajós, só queremos que as situações de não conformidades que se estão
apresentadas sejam atendidas em todas as escalas, pois somos sabedores que as
empresas que aqui estão chegando tem em suas gestões como política as
compensações sociais que se aplicam.
E que nossas
autoridades – Executivo, Legislativo municipal, estadual, e Ministério Público
Estadual – estejam antenados às problemáticas desta região.
A sustentabilidade
econômica, ambiental e social só terá saldo positivo quando se aplicar a forma
do ganha-ganha, que as negociações tenham uma característica incomum: ninguém
perde, todos ganham.
Por Davi Menezes –
Presidente da CDL e Fórum de entidades de Itaituba
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