A feira agropecuária desse
ano tem sido mais comentada por causa dos altos preços que estão sendo
praticados dentro do parque do que propriamente pelas atrações que o evento
está oferecendo.
A reclamação do público é
principalmente em cima do custo dos alimentos e bebidas, pois na praça de
alimentação o preço dos produtos chega a dobrar se o cliente ocupar uma mesa do estabelecimento.
Algumas pessoas com quem
conversei consideram uma verdadeira exploração o que está sendo feito nesse ano
dentro do parque. Os comerciantes por seu lado se defendem, justificando que os
preços elevados são em razão do custo do aluguel cobrado pela coordenação da
feira e, esse seria inclusive, um dos motivos que estaria afastando os pequenos
produtores rurais da EXPOAGRO.
Produtos da agricultura
familiar, só são vistos no projeto “Fazendinha” que é uma iniciativa inovadora
e digna de elogios, mas falta uma interação maior entre sindicato e o pequeno
produtor.
Outra crítica da grande
maioria do público que vai ao parque somente em função do bingo é quanto ao
preço da cartela que começou a
ser vendida a oitenta reais, depois subiu para noventa e agora está sendo vendida pelo valor de cinquenta e cinco reais.
É claro que quem adquiriu
uma cartela agora vai concorrer a menos prêmios, mas a questão é que quando as
cartelas são colocadas à venda, a direção do sindicato nunca admite a
possibilidade de reduzir o seu preço no decorrer da programação e isso não
deixa de criar certa sensação de injustiça nas pessoas que pagaram o preço
inteiro da cartela em relação a quem comprou pagando somente a metade do valor
inicial.
Mas mesmo com todos esses
senões a EXPOAGRO de Itaituba ainda é o maior evento de negócios do município,
que gera centenas de empregos durante a sua realização, só que a direção do
sindicato precisa melhorar a sua gestão para não correr o risco de esvaziar o
evento futuramente, pois mesmo o SIPRI sendo uma entidade de caráter privado, a
Feira recebe recursos públicos, e a população tem o direito de saber como esses
recursos são aplicados, uma vez que os preços dos produtos vendidos dentro do parque estão assustando os seus
frequentadores.
Weliton Lima, jornalista,
comentário do Focalizando, quinta-feira, 08/10/2015
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