quinta-feira, outubro 15, 2015

Morre o torturador coronel Ulstra

Morreu o famoso coronel da reserva do Exército, Carlos Brilhante Ulstra, que comandou o DOI-CODI do 2ª Exército durante um período muito duro da ditadura militar.

Quem viveu nos anos 70 jamais vai esquecer esse nome, que provocava calafrios só de ser pronunciado.

Ulstra era um torturador terrível, cruel e impiedoso, odiado por todos aqueles que detestavam o regime, mas, amado por um grande número de militares.

O coronel reformado é apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas do regime militar como responsável pelas perseguições, tortura e morte de opositores do golpe de 64. O Dossiê Ditadura, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, relaciona o coronel com 60 casos de mortes e desaparecimentos em São Paulo.

A Arquidiocese de São Paulo, por meio do projeto Brasil Nunca Mais, denunciou mais de 500 casos de tortura cometidos dentro das dependências do Doi-Codi no período em que Ustra era o comandante, de 1970 a 1974.

Ustra era conhecido nos porões da ditadura como “Dr. Tibiriçá”, ele era o único militar brasileiro declarado torturador pela Justiça.

Em agosto, o Ministério Público Federal (MPF), ofereceu denúncia contra Ustra. Ele é apontado como responsável pela morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli, sequestrado e torturado nas dependências do Destacamento de Operações e Informações do (DOI), em São Paulo, em dezembro de 1972. (com informações de O Globo)

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