Morreu
o famoso coronel da reserva do Exército, Carlos Brilhante Ulstra, que comandou
o DOI-CODI do 2ª Exército durante um período muito duro da ditadura militar.
Quem
viveu nos anos 70 jamais vai esquecer esse nome, que provocava
calafrios só de ser pronunciado.
Ulstra
era um torturador terrível, cruel e impiedoso, odiado por todos aqueles que
detestavam o regime, mas, amado por um grande número de militares.
O
coronel reformado é apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares
de vítimas do regime militar como responsável pelas perseguições, tortura e
morte de opositores do golpe de 64. O Dossiê Ditadura, da Comissão de
Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, relaciona o coronel com 60
casos de mortes e desaparecimentos em São Paulo.
A
Arquidiocese de São Paulo, por meio do projeto Brasil Nunca Mais, denunciou
mais de 500 casos de tortura cometidos dentro das dependências do Doi-Codi no
período em que Ustra era o comandante, de 1970 a 1974.
Ustra era conhecido nos porões da
ditadura como “Dr. Tibiriçá”, ele era o único militar brasileiro declarado
torturador pela Justiça.
Em agosto, o Ministério Público
Federal (MPF), ofereceu denúncia contra Ustra. Ele é apontado como responsável
pela morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli, sequestrado e
torturado nas dependências do Destacamento de Operações e Informações do (DOI),
em São Paulo, em dezembro de 1972. (com informações de O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário