Desde o inicio dessa CPI que
ficou muito claro que os vereadores Isaac Dias e Peninha seriam os
protagonistas da comissão, e esse protagonismo começou já pela ocupação dos
cargos; Isaac ficou com a presidência e Peninha como relator.
O choque de ideias entre os
dois foi inevitável e notório. Nos interrogatórios, foram eles os que mais
questionaram as pessoas convocadas para depor na comissão e essa disputa
interna se arrastou durante todo o trabalho da comissão.
A grande queda de braços
ficou mesmo para o final dos trabalhos, pois Peninha quer que a comissão vote o relatório
imediatamente, enquanto o vereador Isaac propôs prorrogar o prazo de atuação da
CPI e quer ainda ampliar o seu campo de investigação, e assim, poder alcançar também a administração do
ex-prefeito Valmir Climaco.
Peninha é claro, reagiu a
essa manobra do presidente da CPI afirmando que o objetivo da comissão foi
investigar apenas a administração atual e lembrou que há até uma decisão
judicial limitando a investigação somente a aplicação dos recursos da educação,
Peninha afirmou ainda que essa estratégia do presidente da CPI seria para
tentar de alguma forma proteger a prefeita.
Já o vereador Isaac, por sua
vez, contra-atacou apontando falhas no relatório final e acusou Peninha de se
intitular o senhor da
comissão e querer mandar nos vereadores.
E esse clima de tensão
criado entre o presidente e o relator da CPI coloca uma grande interrogação
sobre o resultado desse trabalho, pois nesse ambiente de vaidades políticas, há
o risco de o relatório sequer ser votado, relatório que é bom frisar, concluiu
que a prefeita praticou improbidade administrativa na gestão dos recursos do
FUNDEB, crime que é punível com a cassação de mandato e perda de direitos políticos.
Se o vereador Isaac ganhar essa queda de braço com o Peninha e prorrogar
o prazo de trabalho da comissão, as novas investigações podem trazer também o
ex-prefeito Valmir Climaco para a cena desse mesmo crime e isso seria o
ingrediente que falta para essa CPI acabar em pizza como muita gente já
desconfiava.
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