Gostaria de compartilhar do
entusiasmo da afirmação dessa empresa, no convite para a audiência pública em Miritituba, quando afirma que está trazendo mais
desenvolvimento sustentável para o oeste do Pará. Mas, não posso. E digo porque.
Em 2008 eu tive a oportunidade de
conhecer uma pequena cidade chamada Itapiranga, berço do grande amigo Jadir
Fank, em Santa Catarina. Tinha pouco mais de sete mil habitantes.
Pude ver que lá existem muitas
grandes empresas instaladas, como é o caso da Cargil, gerando milhares de
empregos.
Como o pessoal de lá tem
qualificação profissional, só não trabalha quem não quer. Por isso, como existe
uma oferta de vagas muito superior à mão de obra disponível naquela cidade,
centenas e centenas de trabalhadores de outras cidades preenchem as outras
vagas.
Em Itaituba acontece exatamente o
contrário, pois mesmo neste período de construção dos portos, a grande maioria dos
trabalhadores, mesmo os com pouca qualificação, está sendo contratada de fora,
até de outros estados.
E quando os portos começarem a
entrar em operação, o mais provável será que profissionais qualificados venham
todos de fora, pois nada foi feito na prática para preparar mão de obra para
esse fim.
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