terça-feira, setembro 10, 2013

Audiência Pública vai discutir porto da Cargill, dia


Gostaria de compartilhar do entusiasmo da afirmação dessa empresa, no convite para a audiência pública em Miritituba, quando afirma que está trazendo mais desenvolvimento sustentável para o oeste do Pará. Mas, não posso. E digo porque.


Em 2008 eu tive a oportunidade de conhecer uma pequena cidade chamada Itapiranga, berço do grande amigo Jadir Fank, em Santa Catarina. Tinha pouco mais de sete mil habitantes.


Pude ver que lá existem muitas grandes empresas instaladas, como é o caso da Cargil, gerando milhares de empregos.


Como o pessoal de lá tem qualificação profissional, só não trabalha quem não quer. Por isso, como existe uma oferta de vagas muito superior à mão de obra disponível naquela cidade, centenas e centenas de trabalhadores de outras cidades preenchem as outras vagas.


Em Itaituba acontece exatamente o contrário, pois mesmo neste período de construção dos portos, a grande maioria dos trabalhadores, mesmo os com pouca qualificação, está sendo contratada de fora, até de outros estados.


E quando os portos começarem a entrar em operação, o mais provável será que profissionais qualificados venham todos de fora, pois nada foi feito na prática para preparar mão de obra para esse fim.

É por isso que Blairo Maggi disse recentemente, quando passou por Itaituba, que as oportunidades estão aparecendo, mas, o município não está sabendo aproveitá-las. Então, esse desenvolvimento sustentável que a Cargil afirma que vai haver, eu gostaria de saber a quem ele vai beneficiar. Se é que vai haver algum desenvolvimento, pois a chegada diária de centenas de carretas vai fazer com que haja um grande aumento no movimento comercial, o que não pode ser confundido com desenvolvimento.

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