A tão esperada, tão reivindicada e tão esperada Reforma Política, uma das pautas mais urgentes pedidas pelas manifestações de ruas desde 2013, como disse hoje o deputado federal do PSDB por Minas Gerais, Marcus Pestana, não passa de um puxadinho, ou uma reformazinha insignificante.
A única coisa importante que passou até agora, que tem relevância, foi o fim da reeleição para para presidente, governadores e prefeitos.
Nem distritão, nem distrital misto, nem voto em lista, nada, nada, ou quase nada.
Hoje, foi enterrado o fim das coligações para eleições do legislativo. Já havia uma quase certeza de que o fim seria aprovado, mas, os interesses paroquiais falaram mais alto.
Tudo que diz respeito ao legislativo os senhores deputados conseguiram piorar, como a questão da cláusula de barreiras.
Depois ficam querendo saber porque este país continua patinando em questões tão importantes como essa da Reforma Política, e das outras reformas. É por que esses caras não admitem fazer nada que possa representar algum tipo de perda para eles.
Ainda existem outros pontos para serem discutidos, mas, a Câmara jogou na lata do lixo, esta semana, uma grande oportunidade para melhorar o seu conceito diante dos cidadãos brasileiro. Mas, não, eles conseguiram com esse arremedo que não merece o nome de reforma, piorar o que já era muito ruim.
Na eleição de 2011 na Alemanha, a direita conservadora de Angela Merkel teve uma derrota
histórica, ao alcançar o pior resultado de sempre na cidade-Estado de
Hamburgo, o que teve forte influência no cenário daquele país, o que teve grande repercussão na vida política daquele país: desceu de 42,6%
para 21,9% e perdeu metade dos deputados. Nem
por isso o país teve sua governabilidade ameaçada, porque tem instituições
democráticas sólidas e um sistema político bem melhor aprimorado do que o
nosso.
É uma pena que seja assim. Poderia e deveria ser muito melhor.
Porém, como cidadãos temos o dever nos cobrar mais, de fazer o que estiver
legalmente ao nosso alcance para ver ser nossa sociedade de sacode para que
possamos melhorar a qualidade dos nossos representantes, pois a maioria desses serve
aos seus (aos deles), não, aos nossos interesses.
Como dirigia aquele personagem antigo do humorístico Zorra Total,
um náufrago interpretado por Flávio Migliácio, este é o meu país!
Jota Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário