terça-feira, outubro 21, 2014

Hilton e Valmir saíram mais fortalecidos

 Foi muito fraca a votação dos candidatos diretamente apoiados pela prefeita Eliene Nunes, tanto para a Assembleia Legislativa, quanto para a Câmara Federal. Júnior Ferrari, do mesmo partido da prefeita, teve apenas 1.728 votos, enquanto Joaquim Passarinho, também do PSD obteve minguados 719.
            Isso significa que os trabalhos que estão sendo feitos na recuperação de ruas de Itaituba, com pavimentação de diversas vias deu bom resultado para o governador Simão Jatene, que estava muito mal antes disso, e que melhorou seu conceito junto ao eleitorado itaitubense com o resultado dos trabalhos.
Júnior Ferrari andou por aqui, Joaquim Passarinho também. Ambos, de alguma maneira contribuíram para que o programa Asfalto na Cidade, do governo do Estado saísse do papel. Os dois vieram dizer isso, na esperança de que o eleitor de Itaituba lhes agradecesse com boa votação. Mas, não deu.
            Apesar de Jatene ter vencido em Itaituba, embora por estreita margem de votos, para o Senado, Paulo Rocha do PT, aliado de Helder, deu um banho nos candidatos do governador, e por conseguinte, de Eliene, com mais do dobro dos votos do segundo colocado aqui, Mário Couto. Entretanto, seria injusto atribuir a ela a baixa votação do senador, pois ele perdeu em todo o Estado, por causa de seu comportamento no desempenho do mandato nesses quase oito anos.
            Eliene não conseguiu colar em si as ações do governo do Estado, mesmo havendo parceria da prefeitura. Resta a ela tentar mostrar mais serviço para o segundo turno.
            A prefeita de Itaituba sai do primeiro turno com um passivo político muito elevado e, certamente terá dificuldades para explicar para a turma de cima porque isso aconteceu.
            Hilton e Valmir saem fortalecidos, mas, Valmir desagradou Priante e a cúpula do PMDB.
            As urnas não mentem, e o resultado da eleição de 5 de outubro foi amplamente fortalecedor para dois políticos de Itaituba, que saíram fortalecidos de processo eleitoral do primeiro turno.
            O primeiro é o próprio deputado Hilton Aguiar, reeleito para a ALEPA com mais de quarenta mil votos. O segundo é o ex-prefeito Valmir Climaco, que desafiou o alto comando do PMDB ao pedir votos para Hilton de ponta a ponta do município de Itaituba.
            Entretanto, há uma consideração a ser feita a respeito do comportamento de Valmir no que tange à eleição para deputado federal. Como Hilton pediu votos para seu irmão Chapadinha em todos os comícios e reuniões, o candidato de Valmir para a Câmara Federal, José Priante, ficou em segundo plano.
            Durante o primeiro turno, por mais de uma vez, o blog do Jota Parente e o Jornal do Comércio foram informados da insatisfação de Priante com Valmir. No final, Priante teve menos de três mil votos aqui. 2.931 para ser exato. Nem Priante, nem a cúpula do PMDB em Belém gostaram da atuação de Valmir.
            Resta esperar o que vai acontecer no segundo turno para o governo do estado para ver como vai ficar essa relação política entre o deputado estadual Hilton Aguiar e o ex-prefeito Valmir Climaco. Hilton pede votos para Jatene se reeleger, enquanto Valmir puxa a campanha de Helder. Dois dias depois de realizado o primeiro turno, o ex-prefeito já estava em ação, realizando uma reunião com a equipe que apoia Helder.
            Uma coisa é certa: a campanha no segundo turno não deve arranhar a união de Valmir e Hilton. O tom da condução das duas campanhas, pelo menos na parte que compete aos dois vai ser bem mais ameno do que no restante do estado do Pará.
            A pergunta que fica é: depois que a eleição passar, ganhe quem ganhar, com a expressiva votação que teve, tanto em Itaituba, como no Estado, qual será o comportamento de Hilton na eleição para prefeito em 2016? Vai fazer voo solo, ou vai apoiar Valmir? Hilton afirma que nada mudará. Disse para a reportagem do JC, que a campanha em favor de Valmir para prefeito, para ele, já começa quando terminar a eleição.
            Só o tempo dirá.


Matéria veiculada no Jornal do Comércio, edição 188

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