quinta-feira, abril 17, 2014

Município está atrasado na luta pelas condicionantes das hidrelétricas

Na corrida pelas contrapartidas sociais do complexo hidrelétrico do Tapajós, o município de Itaituba está atrasado e não é por falta de alerta. A exemplo do que está acontecendo em Miritituba, a administração municipal ainda não definiu as prioridades a serem apresentadas como mitigação dos impactos sociais que o município irá sofrer com a implantação da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós.
O governo planeja licitar essa obra ainda no primeiro semestre deste ano, e até agora o Consórcio Tapajós, criado para negociar com o governo em nome das prefeituras. Está parado como se nada estivesse acontecendo, e se as coisas continuarem nesse ritmo, o leilão vai feito sem que o município tenha assegurado os benefícios que todos esperam que aconteçam em áreas como a saúde, educação e infraestrutura.
Esses compromissos devem constar no papel, como obrigação para as empresas que irão executar essa obra e não como se fosse um favor. Se a prefeitura ou o Consórcio Tapajós não atentarem para isso, o município corre o risco de perder a oportunidade resolver problemas estruturais importantíssimo como a macro drenagem do igarapé que corta a cidade e que todo o ano causa alagamentos como os que estamos vendo acontecer agora.
Por falar em perda de tempo, não custa lembrar que o Plano Diretor ainda não foi concluído. O Plano Diretor é o Instrumento básico para o município fazer o seu planejamento para implantar as políticas de desenvolvimento urbano, e também, nortear a ação dos agentes públicos e privados.
Sem esse planejamento, a população vai sofre as consequências no futuro, como já estão sofrendo os moradores de Miritituba, que a cada dia se veem mais espremidos pelo trânsito de carretas, enquanto a administração municipal ainda está correndo atrás das compensações sociais pelas empresas que estão se instalando em nesse distrito.

Esse mesmo quadro também está se desenhando no caso da construção das hidrelétricas do Tapajós, o que é lamentável, pois as autoridades do município, já estão mais do que cientes dessa  questão. Se não agirem a tempo, depois serão cobradas  pela omissão.

Jornalista Weliton Lima - Comentário no telejornal Focalizando (sbt), hoje

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