Na corrida pelas
contrapartidas sociais do complexo hidrelétrico do Tapajós, o município de
Itaituba está atrasado e não é por falta de alerta. A exemplo do que está
acontecendo em Miritituba, a administração municipal ainda não definiu as
prioridades a serem apresentadas como mitigação dos impactos sociais que o
município irá sofrer com a implantação da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós.
O governo planeja licitar
essa obra ainda no primeiro semestre deste ano, e até agora o Consórcio
Tapajós, criado para negociar com o governo em nome das prefeituras. Está
parado como se nada estivesse acontecendo, e se as coisas continuarem nesse ritmo, o leilão vai feito
sem que o município tenha assegurado os benefícios que todos esperam que aconteçam
em áreas como a saúde, educação e infraestrutura.
Esses compromissos devem
constar no papel, como obrigação para as empresas que irão executar essa obra e
não como se fosse um favor. Se a prefeitura ou o Consórcio Tapajós não
atentarem para isso, o município corre o risco de perder a oportunidade
resolver problemas estruturais importantíssimo como a macro drenagem do igarapé
que corta a cidade e que todo o ano causa alagamentos como os que estamos vendo
acontecer agora.
Por falar em perda de tempo,
não custa lembrar que o Plano Diretor ainda não foi concluído. O Plano Diretor
é o Instrumento básico para o município fazer o seu planejamento para implantar
as políticas de desenvolvimento urbano, e também, nortear a ação dos agentes
públicos e privados.
Sem esse planejamento, a
população vai sofre as consequências no futuro, como já estão sofrendo os
moradores de Miritituba, que a cada dia se veem mais espremidos pelo trânsito
de carretas, enquanto a administração municipal ainda está correndo atrás das
compensações sociais pelas empresas que estão se instalando em nesse distrito.
Esse mesmo quadro também
está se desenhando no caso da construção das hidrelétricas do Tapajós, o que é lamentável,
pois as autoridades do município, já estão mais do que cientes dessa questão.
Se não agirem a tempo, depois serão cobradas pela omissão.
Jornalista Weliton Lima - Comentário no telejornal Focalizando (sbt), hoje
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