terça-feira, março 25, 2008

Conversa com Miguel Neto

A nota publicada na edição passada do Jornal do Comércio, que provocou uma reação acima de qualquer expectativa deste humilde jornalista, tratando da questão de um possível desentendimento do assistente social Miguel Neto, assim como da revelação de alguns itens não muito cumuns que constam do orçamento da SEMDAS, fez com eu recebesse ligações das mais inesperadas e em número muito grande, quando de minha estada em Santarém.

Compreendo bem como funciona o humor das pessoas que já estão envolvidas na corrida eleitoral que terá seu desfecho em outubro. Não foi por outra razão que se deu esse barulho todo.

Uma das ligações partiu do senhor Miguel Neto, que gostaria de conversar comigo, o que aconteceu hoje, depois do meio-dia, uma vez que cheguei de Santarém às 11h30.

Ele veio à minha casa, de forma educada. Conversamos durante aproximadamente 30 minutos, tempo durante o qual ele fez suas colocações a respeito do assunto, falando o que já havia afirmado aos canais de tv locais.

Neto disse que não foi demitido da SEMDAS, e que apenas mudou-se para Santarém, onde está cuidando da Casa de Itaituba, que atende pessoas que são encaminhadas daqui para lá. Mas, confirmou que os números revelados pelo Jornal do Comércio são verdadeiros, embora se trate de uma peça planejamento. Disse, também, que não tem nenhum desentendimento com a primeira dama Margarete Soares.

Se foi planejado, é porque há ou haveria intenção de alguém, de executá-lo.

Coloquei as páginas do Jornal do Comércio à sua disposição, caso desejasse conceder uma entrevista, mas, ele agradeceu e disse que não gostaria de esticar ainda mais o puxa-encolhe da notícia do JC.

Só não entendo como a SEMDAS pode abrir mão de um profissional de reconhecida competência, deslocando-o para um serviço que poderia ser executado por muitas outras pessoas. Já, o trabalho que ele fazia aqui, por enquanto não tem ninguém para fazê-lo do mesmo modo.

Fiquei sabendo que a Câmara Municipal de Itaituba tinha intenção de ouvir o senhor Miguel Neto e eu, na sessão de hoje, o que não aconteceu, primeiro porque eu ainda não estava na cidade, segundo porque não houve acordo entre situação e oposição.

Confesso que fiquei surpreso com essa posição dos senhores vereadores que defenderam essa idéia, pois não haveria o menor sentido da gente se expor como se estivéssemos num Tibunal do Juri.

Não sei de onde os vereadores tiraram essa brilhante idéia, pois eu não me prestaria ao papel de subir à Tribuna do Lelislativo para ficar altercando com o referido assistente social, pois não estamos diante de uma Comiissão Parlamentar de Inquérito, a qual tem autoridade para fazer convocações. Os senhores já tiveram idéias melhores.

Em vez disto, porque a Câmara não cria uma comissão para verificar o que foi informado pelo JC?

O Jornal do Comércio reitera sua postura de fazer jornalismo sério. Se houve tanta repercussão, é porque o JC tem credibilidade. Nunca esteve, não está, nem estará nunca a serviço dessa ou daquela candidatura. Do mesmo modo, não se curva diante da força do Poder dominante, exercendo com responsabilidade a liberdade de expressão.

As suscetibilidades estão aí por todos os lados. Mas, quem faz imprensa com compromisso não pode render-se às idiosincrasias de quem veste a camisa desse ou daquele candidato, como se estivesse numa guerra, para matar ou morrer.

Estou de volta ao batente, convencido de que estou trabalhando para corresponder aos que lêem o Jornal do Comércio e aos que visitam este blog, certo de que outubro vai passar e que a vida vai voltar ao normal, até que chegue a próxima eleição. Aí, vai começar tudo de novo.

Jota Parente

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